segunda-feira, maio 11, 2015

The times they are a-changin'

Catroga a fazer cafuné a Moedinhas durante a elaboração do programa eleitoral do PSD
(mais fotografias aqui)

O PSD ficou manifestamente aturdido com o documento dos 12 economistas. Um vice-presidente (Matos Correia) deu uma conferência de imprensa a fustigar o documento à hora em que ele estava a ser apresentado. Outro vice-presidente (o inenarrável Marco António) embatucou até lhe brotar a ideia de jerico de incumbir os órgãos do Estado de avaliar o documento. Mantendo-se os barões da direita num prudente silêncio, teve o alegado primeiro-ministro de fazer as despesas que, em regra, cabem a figuras de segunda ou terceira categoria — numa deprimente stand-up comedy no aniversário do PSD.

A triste figura de Passos Coelho no palco da Aula Magna assume contornos ainda mais grotescos perante os elogios que Eduardo Catroga e Carlos Moedas fizeram hoje ao documento dos 12 economistas em entrevistas ao Público e ao Diário Económico, respectivamente:
    Carlos Moedas: «(…) é um sinal muito bom que um partido do arco do poder apresente medidas para o futuro, isso só deve ser louvado. Penso que o PS teve essa responsabilidade, apresentou e teve essa coragem. É muito mais fácil não apresentar nada (…)»;
    Eduardo Catroga: «(…) É um passo importante, é uma metodologia que deve ser seguida. Em 2011, eu teria proposto a mesma metodologia, se houvesse tempo. Na altura não havia tempo, agora há tempo. Portanto, as propostas eleitorais devem ser submetidas à discussão pública, para depois os partidos fazerem então o seu programa definitivo. Vejo este programa como um documento essencialmente técnico.»

O que torna relevante as declarações de Catroga e do Moedinhas é a circunstância de eles terem sido os redactores do programa eleitoral de Passos Coelho em 2011. Tendo-se um alçado à presidência do Conselho de Supervisão de EDP e o outro à Comissão Europeia, têm a autonomia bastante para se demarcarem da deprimente stand-up comedy de Passos Coelho, assumindo posições que não estão ao alcance dos Marcos Antónios do laranjal, que têm de fazer pela vida.

6 comentários :

Anónimo disse...

Olha que artistas...

Dava jeito, não dava, o bloco central? É que palpita-me que as privatizações, por exemplo, da EDP, devem ser como a nau catrineta, com muito que contar.

E o rapazola da pax julia...que maravilha de dicção aquela a da planície. Parece que trata da ciência lá em cima. O gabinete ainda será o mesmo? A gracinha que se não me engano é da terra e da área - aqui aceita-se -, mas depois, mas depois...o Mendes bota que está para a ciência como o pequeno Raúl para Mozart, e um terceiro, um qualquer funcionário da comissão europeia; por acaso chefe da secção de bruxelas do PSD. E podiam ter enviado Silva Peneda. É entre eles mas só para alguns deles. Pois pois, bloco central, a fava na gamela não vá o valor de mercado entrar numa de desvalorização à argentina.

Anónimo disse...

Sim. E 2 autores do programa da mentira do PSD elogiam o estudo dos economistas para o PS.

Anónimo disse...

Estou enganado ou qualquer passagem de mão pelo lombo, vinda dos colegas do arco do poder, deixa o sr Abrantes com o ego inflacionado ?

Anónimo disse...

E quem são os redactores do programa eleitoral do Passos Coelho em 2015? O CC sabe? Alguém sabe? Ou é segredo?

Anónimo disse...

Ai que gracinha que eles disseram! foram tão condescendentes!... tao tecnocratas e equidistantes! Usam a sua cara de pau e a sua "langue de bois" para continuarem por cima disto tudo, como puxa-cordéis que são, corruptos e debochados. O Catroga só na EDP ganha 46.000 euros mensais para ir a uma reunião quando o rei faz anos! Claro que tem de impedir que os reguladores façam outra coisa que não pancadinhas nas costas. que os preços da eléctrica baixem. que os privilégios dantescos da camarilha portuguesa e chinesa sejam conhecidos.Um nojo.

Anónimo disse...

Dois ladrões dos portugueses, tudo o resto que se diga "são pintelhos".