quinta-feira, outubro 29, 2015

Tradições que nunca o foram [3]

    «1. É impressionante como se repetem dias a fio, como verdades, coisas que são factualmente falsas. Considere-se esta ideia peregrina de que a eleição de Ferro Rodrigues para presidente da Assembleia rompeu com uma tradição sempre observada, a de o presidente sair das fileiras do maior grupo parlamentar.

    2. Primeiro, a Assembleia já teve dois presidentes oriundos de grupos parlamentares minoritários: Oliveira Dias e Fernando Amaral. Em ambos os casos, mercê de acordos com os grupors parlamentares maioritários.

    3. Depois, em mais do que uma vez (seis, se a memória não me falha), as eleições foram disputadas por mais do que um candidato e ganhou aquele que teve mais votos - tal como aconteceu agora.

    4. Isto quer dizer que, em todas essas vezes, os partidos políticos não seguiram nenhuma regra, explícita ou implícita, de reserva da presidência ao grupo com mais deputados. Não: houve eleição (por voto secreto) e ganhou quem teve a maioria dos votos.

    5. Tal como agora. E tal como pede a democracia.»
      Augusto Santos Silva, no Facebook

4 comentários :

Anónimo disse...

Segundo a tradição ganha quem tem mais votos

mg

Anónimo disse...

Temos mais um ismo, o:"Tradicionalismo." Sistema político criado Portugal!!! Esta gentalha não para de me espantar. Ele há cada anormal, livra!!!

Anónimo disse...

A tradição já não é o que era e que afinal nunca foi o que dizem ter sido. A fama já vem de longe mas perdeu-se pelo caminho. Chatice.
José C.

Anónimo disse...

O PSD estava habituado a que o PS lhes desse a mão quando lhes dava jeito. Mas isso acabou. Temos pena.