quinta-feira, outubro 06, 2005

A GREVE DE UM ÓRGÃO DE SOBERANIA [II]

Eis a segunda (e última) parte do artigo que o advogado António Marinho e Pinto escreveu na edição de Sábado do Público:

    'É ainda confrangedora a sua falta de cultura democrática. Qualquer crítica é considerada uma injúria ou um desafio inadmissível aos seus poderes e muitos reagem individualmente como se fossem alvo de uma inominável ofensa pessoal. O comportamento de alguns magistrados lembra o dos polícias da PIDE/DGS nos últimos tempos da ditadura: porque muitos cidadãos ainda lhes tinham medo, não percebiam que já ninguém os respeitava. Prisioneiros de velhos e ridículos estereótipos de grandeza e majestade, muitos nada fazem para serem respeitados e tudo fazem para serem temidos, quando num Estado de direito não há – não pode haver – lugar para o medo.

    A independência como garantia (dos cidadãos) para a boa administração da justiça foi transformada num privilégio pessoal de cada um fazer o que lhe apetece. A irresponsabilidade como garantia funcional da independência só tem servido para exculpar os que abusam dos seus poderes e atropelam o direito e a verdade. A inamovibilidade e a vitaliciedade foram transformadas numa espécie de direito divino às funções.

    Tal panorama já era de esperar desde que se consentiu que titulares de órgãos de soberania se organizassem em sindicatos. Com o sindicalismo nas magistraturas, deixou de haver verdadeira regulação e mesmo hierarquia funcional. Os Conselhos Superiores (da Magistratura e do MP) foram subalternizados. O mecanismo dos recursos quase deixou de funcionar. Muitos magistrados dos tribunais superiores uniram-se aos “camaradas” da 1.ª instância pelo egoísmo das reivindicações “obreiristas”. A responsabilidade e a hierarquia funcionais diluíram-se na camaradagem sindical. Já não se pode separar os bons dos maus, os cumpridores dos inadimplentes, os que servem a justiça dos que se servem dela. Todos valem o mesmo em termos sindicais.

    Com os sindicatos desapareceu a efectiva separação dos poderes e o poder judicial passou a influir na feitura das leis, pois os titulares do poder soberano de administrar a justiça passaram a ser “trabalhadores interessados nas leis que lhe dizem respeito”. E estas são todas as que têm de aplicar, sobretudo os códigos de processo. Muitos dos bloqueios da justiça devem-se ao facto de as leis e as alterações legislativas responderem mais aos interesses e comodidades de quem as aplica do que aos direitos dos cidadãos. Muitas das soluções para problemas estruturais foram sendo preteridas em favor de privilégios, alguns dos quais mais em benefício da própria nomenclatura corporativa do que dos magistrados no seu conjunto.

    A passividade e anomia do poder político e da sociedade permitiram que as nomenclaturas das corporações acreditassem que podiam definir não só o seu estatuto funcional e remuneratório, mas também o funcionamento do sistema de justiça. Dois simples sindicatos, com dois ou três mil inscritos, são os verdadeiros detentores do poder soberano de administrar a justiça. Dois sindicatos confiscaram ao povo português essa parcela da soberania.

    A parte sã das magistraturas foi suplantada pela gangrena do mercenarismo. Os órgãos de disciplina mais parecem órgãos sindicais. A maioria dos melhores magistrados calaram-se e quase se escondem. O tempo e o palco estão para os carreiristas que bajulam a nomenclatura. Alguns dos magistrados melhor classificados são preteridos em favor dos que têm amigos bem colocados, como tem sido denunciado no acesso ao Supremo Tribunal de Justiça. E, no entanto, os magistrados são muito diferentes entre si. Há muitos que são intelectualmente honestos, competentes, dedicados e que trabalham bem acima da média, enquanto outros são verdadeiros mercenários. Pela qualidade e quantidade do seu trabalho, uns bem poderiam ganhar 20 ou 30 mil euros por mês, mas outros já seriam bem remunerados com 500 ou 600 euros. Porém, o sindicalismo igualou-os a todos.

    A greve dos magistrados judiciais é a maior machadada na credibilidade da justiça, mas terá um mérito inegável: fará o povo tomar consciência de que os verdadeiros problemas da justiça resultam mais da cultura corporativa e antidemocrática dos magistrados do que das leis ou da acção dos políticos. Um bom magistrado faz boa justiça mesmo com as más leis, mas um mercenário nunca faz justiça, serve-se dela. Talvez se compreenda então que é altura de expulsar os mercenários para aproveitar e incentivar os bons magistrados que ainda restam e trabalham quase na clandestinidade. E talvez estes compreendam, finalmente, que chegou a hora de sair do silêncio e decidam erguer a sua voz para impedir que a justiça caia no caos que alguns colegas seus parecem desejar.

    Talvez ainda se vá a tempo de salvar o que resta de bom na justiça portuguesa. Ou talvez não.'

21 comentários :

Anónimo disse...

Lido no DN de hoje:
Vital Moreira vai presidir a uma comissão encarregada pelo Governo de lançar as comemorações do centenário do 5 de Outubro, apurou o DN. A decisão vai ser aprovada no Conselho de Ministros, que se reúne amanhã.
O centenário da implantação da República apenas se completa em 2010, mas o Executivo quer desde já lançar as bases desta comemoração.(...)

Falem disto, para variar, perguntem quanto vai ganhar, que regalias.
Mas aí já não interessa pois não?

Anónimo disse...

oh abrantes
neste momento da vida em que mais importante do que a dos juízes é a opinião de uns quaisquer cabe referir aqui que o teu amigo vital (moreira), quando ainda se não tinha deixado seduzir pelo engodo do capital e ainda gozava de reputação adequada ao seu estatuto, anotou, em parceria com um dos mais ilustres juristas da nossa praça (o Pr. Dr. Gomes Canotilho), um dos art.ºs (o então 216.º) da constituição da república reconhecendo expressamente aos juízes, apesar de não funcionários mas titulares de órgãos de soberania, a titularidade dos direitos fundamentais dos trabalhadores, entre os quais avulta, como certamente v. excelência saberá (ou não?), o da greve:
assim sendo pergunte lá ao seu amigo se os juízes podem ou não fazer greve, por forma a poder concluir o seguinte:
- se ele disser que sim, vossência fica de tanga;
- se ele disser que não, vossência tem um amigo digno de vossência, que não sabe que o quer e o que diz.

10:25 PM, Outubro 05, 2005

Anónimo disse...

O vital não tem competência para o lugar, seus invejosos?

Pedro Mineiro disse...

NOTÍICIA DE ULTIMA HORA:
O ilustre causídico Marinho ainda acredita que existem bons magistrados!
Nem tudo está perdido, afinal.

Anónimo disse...

A isenção e a independência como os juizes analisam o texto do Marinho deviam ser estudadas no CEJ, "escola" onde se formam os candidatos a iniciar na corporação.

Pedro Mineiro disse...

Caro anónimo anterior:
Que tal começar por consultar um dicionário de língua portuguesa e procurar a definição de "isenção", "independência" e "corporação"?

Anónimo disse...

os privilégios custam sempre muito perder... o resto é conversa para entreter papalvos.

Anónimo disse...

JAIME BENTO said noutro local...


Quando se comparam as remunerações e outras regalias dos magistrados com os valores que se praticam ma privada, não se pode dizer que eles ganham muito.

Mas quando se comparam as remunerações e outras regalias dos magistrados com os valores que se praticam no sector público, eles ganham muito. E têm regalias que o Estado não proporciona a mais ninguém.

É ISTO QUE É INTOLERÁVEL.

O RESTO É CONVERSA DE QUEM NÃO QUER PERDER O QUE CONSEGUIU TER.

O RESTO É QUERER QUE O ESTADO CONTINUE A TER REGIMES DE EXCEPÇÃO PARA ALGUNS.

Pedro Mineiro disse...

Concordo com o, aliás, douto comentário que antecede, o qual revela uma profunda análise crítica do artigo publicado pelo ilustre advogado Marinho.

Anónimo disse...

O Dr. Marinho tem toda a razão. Ainda há bons magistrados, mas estes são "manobrados" pelos "mafiosos" que usam as corporações para seu trajecto pessoal (privilégios)e afastam os "outros" (os bons)através da "disciplina" deles, isto é: ou estão calados ou levam com um processo disciplinar "mafioso".
Força, Dr. Marinho. Ponha essa "cambada" no seu devido lugar. A luta contra a "nova" PIDE/PGR só agora está a começar. Souto de Moura ao "gancho" do Mussolini!!Quanto ao "velhinho" gágá do CMS dêem-lhe a reforma por inteiro e mandem-no para casa descansar...

AisseTie disse...

É curioso o facto de logo aparecer uma manobra de diversão, surgindo um comentário que, em vez de incidir sobre o artigo em causa, logo se apressa a levantar poeira com outro artigo, de outro tema remotamente relacionado, tentando dispersar as atenções.
Não, não é um combate contra a remuneração dos magistrados e juízes. Como diz, e bem, o artigo, haverá juízes que poderiam, justificadamente, auferir 20 ou 30 mil euros mês e outros, ao invés, para os quais 500 euros já seria demasiado.
Queremos - quero - uma justiça que funcione, em que premiem os competentes, em que se penalizem os incompetentes, em que se ponha no local apropriado - a cadeia - os corruptos, que os há, seguramente. Alguma vez alguém ouviu falar na condenação de algum juíz corrupto? Ou de algum prémio ou penalização de algum juíz pelos seus, respectivamente, bons ou maus desempenhos?
Olhe-se lá para fora, há tantos exemplos de países com sistemas judiciais que funcionam! Acabe-se com o actual sistema, com certos privilégios que tiveram a sua razão de ser em determinado período histórico mas que já não fazem sentido, como o subsídio de compensação e demais privilégiozinhos. Que deixem de ser órgãos de soberania, que ninguém os elege e opte-se por um modelo de gestão dos tribunais feito por gestores de carreira: o que um gestor aprende em 5 anos não será um juíz, só por ser juíz (ou médico, na saúde, ou de qualquer outra formação em tantos outros sectores), que o aprende. Esta mudança no modelo adoptado é inevitável. A situação é cada vez mais insustentável, o que terá que acontecer, estão à espera de quê para que, finalmente, se vejam forçados a actuar neste sentido?

Anónimo disse...

Mais gestores "por medida"? Aissetie, quem despende energia para sustentar esta gente toda já está a ficar exaurido com tanto chulo e a situação só se mantém pelo facto de se apostar numa educação baseada na ignorância... O grande problema reside no facto da gentalha corrupta e incompetente não ter um mínimo de consciência para poder compreender que há quem trabalhe para lhe pagar os bons serviços que não são prestados (a começar pelos governantes). De uma forma geral, atendendo à corrupção galopante, quem ocupa os cargos de maior responsabilidade são pessoas tão mal formadas que se "esquecem" que os produtores (os que produzem riqueza - os que laboram) lhes pagam para que eles zelem pelo bem-estar geral. Contudo, a "amnésia" é tão grave que até acreditam piamente que são os "senhores" dos seus verdadeiros patrões...
Que inversão vai por este mundo, quanta deturpação da verdade! Acordai antes que seja demasiado tarde...

Anónimo disse...

Um bom magistrado faz boa justiça mesmo com as más leis, mas um mercenário nunca faz justiça, serve-se dela.
Eu diria que um bom magistrado tenta fazer justiça mesmo com as más leis, pois tem consciência que as leis favorecem os ladrões que vivem como senhores à custa do trabalho alheio.
Viva a Anarquia! Aumente-se a Consciência!

AisseTie disse...

Mais gestores por medida, não! Este é o argumento da não mudança. Terá de haver regras, gestores profissionais, de carreira, dos quadros da administração pública, com formação adequada e NÂO paraquedistas parasitas, nomeados politicamente. É outro dos cancros deste país. Sabia, seguramente, que por toda a parte há nomeados políticos, "gestores", que nem um quadro ou um balanço sabem ler. Se calhar não sabe é que há casos em que um chefe de repartição, por exemplo, com hablilitações literárias equivalentes a um 11º ano, que foi sucessivamente sendo promovido por antiguidade e graças a ir caindo nas boas graças do responsável máximo do serviço, chefia técnicos superiores em gestão, com todas as implicações que isto tem, por exemplo aos níveis de gestão estratégica, gestão de pessoal, processo de avaliação do desempenho. Como é que alguém que não sabe nada de gestão avalia outrem em algo que nem sequer sonha como se faz? Como é que alguém dirige outro se nem ideia tem do que este sabe ou pode fazer? Isto também graças aos sindicatos, note-se, que não é só na justiça que as coisas vão bem.
Reitero o que disse no comentário anterior: são necessários gestores profissionais a fazer a gestão dos tribunais. São também necessários informáticos, gestores de sistemas de informação, que também qualquer administrativo/oficial de justiça que saiba um pouquinho mais de informática e seja das boas graças do chefe é logo reclassificado para técnico de informática, ganham mais do dobro... E assim vamos.

Anónimo disse...

Ena tanto pessoal frustrado. Bem me tinham dito. Tão desesperados que eles estão. E, vejam só, apoiando-se num texto do Marinho. N\ao escondam as carteiras, não.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

O Marinho está a desiludir-me, já não é o mesmo, está a perder qualidadades.
Ter-lhe-ão oferecido algum lugar no STJ? na PGR? Hum?????
É que cá para mim a justiça é toda a mesma porcaria e está infestada de parasitas privilegiados.
Rua com eles!...

Anónimo disse...

Aissetie, concordo consigo. A questão de fundo é a falta de Consciência que conduz à corrupção e ao compadrio. Cada um deveria dar o seu melhor (atendendo às competências) para que o todo (e cada um) saísse beneficiado.

Anónimo da 1.12 pm, 6 de Out.

Anónimo disse...

leiam e aprendam:
DO DN DE 5ª FEIRA




Justiça soberania em greve?



1Paulo H. Pereira Gouveia *
Como é evidente, a autoridade do Estado depende muito da dignidade socioeconómica e institucional dos políticos e dos juízes (aqueles a quem o Estado confia a missão de julgar os ilícitos).

Por isso, está fácil de ver que Portugal, como Estado, tem pouca autoridade!

E é evidente que a responsabilidade desta situação, numa democracia, é sobretudo dos parlamentos e dos governos. Especialmente quando estes dois órgãos de soberania tratam os juízes como funcionários. Por exemplo, a artificial equiparação entre juízes e entre outros cargos públicos é um erro financeiro e institucional muito grave.

No meio da incompetência legislativa dos últimos 30 anos, temos um quadro difícil de apreender. Assim o juiz é, além do Presidente da República, do deputado e do membro do Governo, titular de um órgão soberano do Estado; mas qualquer director de finanças tem uma remuneração global mensal superior à de qualquer juiz de comarca; o juiz não tem horário nem horas extraordinárias e tem exclusividade de funções e de rendimentos, como o militar; qualquer chefe de serviço hospitalar público tem remuneração semelhante à de um juiz de comarca, a que acresce a profissão liberal; o juiz não dispõe de qualquer secretariado, ao contrário das chefias militares; o juiz não dispõe de automóvel e motorista pagos pelo erário público, mas as muitas chefias militares (e policiais) dispõem; os militares podem deixar o activo antes dos juízes; o apoio à saúde dos militares foi e é muito maior do que o apoio à saúde de quem depende do Ministério da Justiça.

Nivelar por baixo e igualar é, às vezes, profundamente injusto e ineficaz! Como já se viu e voltará a ver.

2. A actual situação na justiça nacional é consequência da passividade dos juízes face ao legislador e, sobretudo, da actuação ora ingénua, ora "amiguista", ora insensata do poder legislativo.

Por isso, estamos num beco sem saída, sobretudo em termos de eficiência na área tributária, na área cível e na área criminal.

Os políticos ora tratam os juízes com respeito, ora tratam-nos como funcionários. Os políticos entregaram os serviços administrativos judiciários à "autogestão". E os juízes têm hesitado entre uma conduta própria de titulares de órgãos de soberania e uma conduta própria de funcionários hierarquizados, o que se justifica pelo facto de o poder político só se lembrar dos titulares da função jurisdicional, como tal, quando isso lhe convém, contra eles os juízes, e também pelo facto de o estatuto socioprofissional dos juízes não ser minimamente exclusivo ou diferenciado (pense-se no facto extraordinário de os novos juízes dos tribunais administrativos e tributários terem remuneração muito inferior à dos representantes do Ministério Público junto desses tribunais).

E é verdade que algumas (!) das vozes que criticam o direito à greve dos juízes optaram no passado pelo silêncio, quando os governos "funcionarizaram" a judicatura.

3. Já sabemos que a questão das férias judiciais não é importante na actual insatisfação dos juízes portugueses. As recentes atitudes e comportamentos do Governo foram, simplesmente, a gota de água num copo cheio e passivo há vários anos. Naquelas se insere o facto de o apoio específico (não especial) na saúde em diversos pilares fundamentais do Estado só vir a acabar em 95% da área da justiça (e não em relação a todos), mas continuar a existir nas forças militares e policiais.

A questão das finanças públicas judiciárias é importante. No entanto, os governos, ao "funcionarizarem" os juízes desde 1978, tornaram impossível uma realidade básica e decisiva neste sector pensar a função dos juízes e dialogar com eles de forma diversa da que é feita com as funções não soberanas do Estado. Sem isto, a mudança e a dignificação serão impossíveis!

4. A anunciada greve dos titulares da função judicial, após uma greve dos magistrados agentes do Ministério Público e dos funcionários de justiça, terá consequências estatísticas e financeiras muito graves a médio prazo.

Será mais sensato e eficiente (!) o Governo tratar a função dos juízes e os juízes como questões de Estado muito elevadas (seria a primeiro vez em 28 anos), dialogar com a função jurisdicional de forma diversa da que é feita com as restantes funções judiciárias e auscultar (ainda que brevemente) os presidentes dos conselhos superiores e dos tribunais superiores e depois, com coragem e rapidez, fazer as mudanças que, com a sua legitimidade, considerar necessárias.

Se o Estado não valoriza social e institucionalmente os seus juízes, quem o fará?

* Juiz

Anónimo disse...

Ó Paulo Gouveia, vai-te catar.
Trabalha mais e fala menos!!!
São todos uma cambada de carneiros que andam à procura da cenoura do poder político.
Quando o poder político lhes abana com uma cenoura, um lugarejo num lugar qualquer, vão logo a correr à procura do tacho.
Pergunto, por que razão não se deixam ficar no poder judicial que dizem tanto defender e andam sempre à espera da comissãozita?
Talvez se vocês se soubessem impôr,o poder político os respeitasse mais.
Mas o polvo é tão grande que tem tentáculos em todo o lado.
Só assim se percebem certas decisões dos tribunais. Não será?....

Anónimo disse...

Já não há respeito.

São as variações, de tempo (CEJ, 1ª comarca, relação e supremo, sempre a mudar de "opinião" porque só não a muda quem é burro - e o Zé povinho a pagar...), lugar (juiz ou uma comissãozita?) e modo (julga-se com isenção ou conforme ficou "decidido" no almoço ou jantarzinho com os outros "colegas" designadamente do Ministério Público, ou os "sussuros" sindicais?).

Depois não se queixem...