quinta-feira, novembro 17, 2005

A raiz do problema

A Autoridade da Concorrência recomenda a liberalização da propriedade das farmácias. A lei que rege a abertura de novas farmácias mantém-se, no essencial, inalterada desde 1965. Escreve o DN:

    'A Autoridade da Concorrência (AdC) vai propor ao Governo uma mudança profunda da lei que rege a propriedade das farmácias. Tudo porque a AdC chegou à conclusão que o edifício legislativo actual não favorece uma concorrência saudável neste mercado. As recomendações apontam para a liberalização da propriedade dos estabelecimentos de ambulatório - hoje apenas ao alcance dos farmacêuticos - e da sua instalação - que obedece a limites de distância e população servida.

    As medidas que serão propostas têm por base o estudo "Concorrência no mercado retalhista do medicamento", que foi encomendado pela AdC ao Centro de Estudos de Gestão e Economia Aplicada da Universidade Católica do Porto. A coordenação do trabalho esteve a cargo do economista Vasco Rodrigues.

    Ao que o DN apurou, o estudo considera que a actual lei - que na sua generalidade se mantém inalterável desde 1965 - deve ser revista, a começar pela exigência de apenas os farmacêuticos poderem ser proprietários de farmácias. Além disso, recomenda o fim da limitação de um proprietário por estabelecimento estabelecimento, impedindo a acumulação de farmácias. Mas além da liberalização da propriedade, também o licenciamento e instalação devem, de acordo com o estudo, ser objecto de mudanças. Hoje, uma farmácia tem de servir pelo menos 4000 mil pessoas, não pode estar instalada a menos de 500 metros de outra farmácia e a menos de 100 metros de um hospital ou centro de saúde.'

E acrescenta o DN:

    'Recorde-se que, em várias entrevistas, o presidente da AdC, Abel Mateus, já afirmou ser favorável à liberalização da propriedade das farmácias. À revista Visão, justificou o estudo "uma farmácia é uma empresa. E uma empresa pode ser gerida por qualquer pessoa, embora deva ter técnicos para atender o público. Mas não é necessário que o proprietário seja farmacêutico". Abel Mateus defendia ainda que "as farmácias são um sector com problemas em toda a Europa" e que "a Comissão Europeia está a seguir de perto o dossier das profissões liberais e a ver se as autoridades nacionais fazem o seu papel. Porque já ameaçou que se não fizerem, ela própria intervirá nos mercados nacionais".'

13 comentários :

Anónimo disse...

Haja coragem para acabar de vez com este sistema medieval de facturação milionário do Cordeiro. Abrantes 1, ANF 0. Força Camaradas.

Anónimo disse...

As farmácias vão mesmo começar a fechar mais cedo. Deve ser a retaliação do Cordeiro.

Anónimo disse...

E o que é que diz, amigo Miguel, a esta corporação que costuma mandar prender quem se mete com ela.
Fonte: Expresso on line.

Uma vergonha nacional
O ministro da Saúde, António Correia de Campos, afirmou ontem que o elevado número de médicos em alguns hospitais é uma vergonha nacional. Para se justificar, Correia de Campos deu como exemplo o Hospital dos Capuchos. Ali, há 59 médicos oftalmologistas e no entanto se quiser uma consulta não consegue. Então isto não são médicos a mais?.

Em entrevista à SIC-Notícias, o ministro atribuiu as dificuldades em resolver a situação a carapaças jurídicas que impedem que a tutela e as administrações dos hospitais actuem. Há uma carapaça jurídica que impede a administração e o Governo de actuar directamente nesta matéria e que é alimentada pelos movimentos sindicais, pelos profissionaise pelos interesses corporativos, explicou. Correia de Campos admitiu ainda que essa carapaça jurídica é muito difícil de partir, mas tem de o ser, no entanto assegurou que não vão existir despedimentos.

Anónimo disse...

Abrantes, concordo, podes colocar os médicos na calha ?

Anónimo disse...

Cá o Camelo, não é camarada, quanto muito, ex camarada quando cumpri, com o mais distinto empenho, a função de militar obrigatorioa, que muito me orgulha, de resto,os camaradas, nunca me deram nada.

Mas desculpem, as farmacias têm um dever publico, não é Chiado Terrace nem o Maria Vitoria, portanto, o estado, a Nação, e quem dela se apropriou, é moralmente responsavel pelo apoio e incentivo aos magnatas dos medicamentos.

O Estado tem o dever, a obrigação nacional, de colocar o medicamento ao serviço da população e não serviço de meia duzia de farmaceuticos.

Desculpem lá a minha veia naciolanista, para uns e para outros, Petriotista, é que eu nunca reneguei Portugal e o meu querido povo Portugues, no qual me incluo, nos defeitos e nas virtudes.

Hoje, o Camelo, está numa de gritar ás armas

Anónimo disse...

Pois se toda a gente sabe que é uma farsa a imposição da propriedade das farmácias a farmacêuticos. Que é preciso muuuuuuuuuuuito dinheiro para as comprar que os pobres dos recem licenciados farmaceuticos, evidentemente, não têm. Que os verdadeiroes proprietários das farmácias estão por trás desses farmaceuticos. Porque não liberalizar este negócio da china!!

Anónimo disse...

Sabem o valor de um trespasse de uma farmácia em Lisboa: entre 500.000 e 1 milhão de contos. Conhecem outra EMPRESA que apresente tais valores. Privatização da propriedade, já.

Anónimo disse...

Como se sabe, todos os anos, do orçamento de estado, saem verbas afim de ocorrer ao funcionamento de instituições públicas, Bombeiros, Misericordias, instituições de caridade, etç.

Pois bem

Sabendo que as farmacias,são um negocio. so suplantado pelas gasolineiras.

Não tem desperdicios, isto é, quando um medicamento esta fora de prazo, ele é devolvido ao laboratorio, é uma das caracteristicas do negocio.

Então, poruqe não se cria farmacias, as quais estas exploravam.

Já não há farmacias das Misericordias? e nos Bombeiros? claro que as há.

Não havia farmacias que forneciam medicamentos aos seus associados, as chamadas as Mutuas.

Então porque se acabou com isso?

Então porque se deu, de mão beijada o "ouro ao gatuno".

O laboratorio Militar não fabricava medicamentos? claro que fabricava, porque se acabou?

somos assim tão ricos?

Quando se criticava que o país era de 6 familias, e agora quantas são?

Tem a palavra os responsaveis, que nos governaram durante estes ultimos 30 anos.

Detesto o comunismo, tenho horror as nomenclaturas de direita e de esquerda.

Com um atraso de 30 anos esta na hora, de rectificarmos o que de mau se fez.

Todos em direito a ser ricos, mas não há conta da minha saúde e dos alheios.

Que remem

Anónimo disse...

Bem sei que contrariar os "cordeiros" deste País, traz custos politicos. O Cordeiro esta podre de rico, é o "tio patinhas", do xarope para a tosse.

Porra, Cordeiro, ainda mais?

A Misericordia de Cascais, alguma vez te prejudicou, na tua ascenção ao poder financeiro e empresarial., claro que não.

Não tenho nada contra o Cordeiro, se manda no "medicamento", foi porque lhe deram azo.

O Abel Mateus quem é? quantos Abeis é que já passaram. Só agora é que se lembrou de um monopolio estratificante que é o negocio das farmacias.

Ó Abel, vai dar banho ao cão, queres embaralhar e dar de novo

Anónimo disse...

A diferença é que pel aprimeira vez se fala a sério na liberalização da propriedade das farmácias.

Anónimo disse...

So quero acrescentar em relação ao Abel.

Mas ele acha que somos todos tonsos e não percebemos o que ele quer dizer com o liberalizar.

Mas as farmacias ja não são liberais, ó Abel.

Ele acha que todas as farmacias são do Cordeiro, não são, o que o Cordeiro faz é o "contolo" do negocio da pomada para os calos.

Quem tem que assumir, não é o Abel, quem tem que assumir, a saúde publica, a saúde dos cidadãos, que é um imperativo dever,é quem manda.

Quando estou doente, so tenho um sitio aonde ir, á farmacia, não vou ao jardim zoologico.

Ó Abrantes, escolhestes mal a personagem e sabes, porque não es tonso, com a conberseta, comberseta, digo bem, estamos fartos.

Mas como, eu para beber agua, agora falo com uma empresa, qualquer dia para respirar, tenho que ir as tais farmacias do Abel e pedir; Ó sr. Abel, arranja-me aí 2 balões de ar, se faz favor, antes que eu morra.

Mas isto faz sentido?

Anónimo disse...

Meu Caro anonimo, mas as farmacias sempre foram liberalizadas, mas o monopolio existe travez do preço, ou não é.

O problema fulcral (desculpa lá o termo "fulcral" tão do agrado dos comunistas) é que o negocio não sai das mãos dos mesmos, que a ANF,controla.

Mas tambem ja estou habituado, o que dá dinheiro liberaliza-se, o que dá prejuízo, aguenta Zé.

Ando a repetir isto há anos, há mais de 20, desde a altura em perdia tempo a ler o Relatorio do Banco de Portugal, disse bem, perdia tempo, hoje perco tempo em saber se o Simão joga em Braga.

Que Xalisse, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu

Anónimo disse...

Não tenho problemas em dizer que apoio este governo, digo, apoio, porque? porque nos chama para realidade do ocio e do negocio que este País se transformou, grosso modo, somos um País do belo canto, de intelectuais e juristas encartados, só suplantados pelos treinadores de bancada.

Mas estou farto, cansado, talvez, estas medidas só fazem sentido, se forem acompanhadas, por um lado, a chamada irresponsabilidade, e por outro, pôr o País a Trabalhar.

Então, para comprar 20 000 pistolas para a PSP, tenhamos que importar, quando desmantelamos a FNBP (fabrina nacional de braço de prata).

Então, para se adquirir um cacilheiro para fazer lisboa/trafaria, tenhamos que comprar á Holanda, quando temos o Arsenal do Alfeite que o pode fazer.

temos now how, porque desperdiçar?

Ó meu caro anonimo, ainda a Holanda anda nos tomates dos avós deles, ja nos faziamos barcos que atravessavam o mundo.

porra,é preciso um gajo ser um Borges qualquer, se calhar, com um diploma chunga, para vêr isto