Ainda a propósito das parcerias público-privadas

Paula Rego, Pietà, 2002

Na caixa de comentários deste post, encontrámos o seguinte comentário:

“Ó Abrantes, mentes com quantos dentes tens na boca.
Conheço o procurador a que fazes referência e a mulher dele não é notária coisa nenhuma.
Nem sequer trabalha na função pública.
Vai mentir e enganar para outro lado.
Se é assim que fazes com todos os posts, estamos conversados.”

Chegam ao mail do CC inúmeras sugestões e bastantes informações. Nunca publicámos nada sem confirmar os dados. É óbvio que, no extraordinário caso do magistrado do Ministério Público e activista sindical António Ventinhas, dissemos a verdade e só a verdade.

O senhor em causa surgiu de rompante na praça pública para patrocinar as posições dos notários privados — mas não teve a precaução de prevenir a opinião pública (e os jornalistas, em particular) de que é cônjuge de uma notária privada.

António Ventinhas discorreu longamente na sua qualidade de magistrado do Ministério Público e de membro do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público. Que diabo!, não lhe ficava nada mal fazer uma prévia declaração de interesses — para se saber ao que vinha.

E a verdade é que tão depressa como apareceu, o magistrado do Ministério Público desapareceu, após se conhecerem os laços familiares que transformaram este episódio numa autêntica parceria público-privada.

Será que foi um Ventinho que lhe deu? Talvez o Dr. António Cluny possa ajudar a deslindar o estranho caso que assombrou a pacata cidade de Faro.