“Os protestos do último ano na função pública em Portugal fizeram-me recordar este livro. No sector da justiça, entre magistrados, pessoal dos tribunais, e funcionários do Ministério da Justiça, estão muitas pessoas que passam grande parte do seu tempo a trocar processos, recursos, e outros papéis entre si. Apesar do prestígio social de que gozam e dos confortáveis salários e horários, alguns destes trabalhadores fizeram greve no seguimento de uma disputa sobre o direito a trabalhar menos. Essa greve praticamente não fez mossa no dia-a-dia de ninguém – poucos repararam que os seus processos judiciais vão demorar uma década mais alguns dias em vez de apenas uma década.
Agora, é vez dos professores. Estes convocaram uma greve estrategicamente colocada para lhes permitir uma ”ponte”. Entre as greves recorrentes e as faltas constantes de muitos professores, os alunos mal notam menos um dia de aulas. Para além disso, vários professores afirmaram publicamente que os pais sao incapazes de perceber o seu brilhante esquema e de os avaliar.
Felizmente que o livro de Mills é de ficção. Na vida real, esquemas tão brilhantes como o de Mills certamente nunca terão um fim.”
terça-feira, junho 13, 2006
Sugestão de leitura - "O grande esquema"
A propósito do livro ”The Scheme for Full Employment” (Picador: 2003), escrito por Magnus Mills, Ricardo Reis, professor de Economia na Universidade de Princeton, escreve no Diário Económico sobre O grande esquema. Eis a parte final do artigo:
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11 comentários :
na mouche !!!!!
Dizem-se educadores.
A instrução dos nossos filhos, está entregue a Calimeros.
Tenho vergonha de um Pais onde os Professores fazem greve entre feriados.
Tenho vergonha de um Pais que tem instrutores que não sabem ensinar um aluno do 10 ano, a saber interpretar um texto. Sei do que falo e a desgraça é geral.
Tenho vergonha de um Pais onde uma greve, de professores, obriga a deixar-mos os nossos filhos, todo o dia sós em casa, enquanto os grevistas disfrutam um semana extra de férias com os seus.
Tenho vergonha desta gente que se intitula de "professores".
Tenho orgulho, porque finalmente, este Pais tem uma MINISTRA da EDUCAÇÂO, que sabe o que quer, e quer por ordem nisto. Sim pôr ordem na desordem que é o ensino, refém que está da FRENPROF, não quero que os meus filhos continuem reféns da agenda politico/mediática do PC.
Que nos vale é S. Pedro, que vai molhar as mini-férias algarvias de muita gente.
Viva o S. Pedro.
Eu também tenho vergonha de políticos de mentem, que aldrabam nas contas, tal como tenho vergonha de alguns colegas que se dizem professores e o não são...
E, depois, aparecem aqui uns papalvos que pretendem confundir o todo com a parte, para dourar a carrada de asneiras que o Governo tem feita na Educação. Amanhã a maioria dos professores não vai fazer greve mas continuar a pensar em formas de lutar contra a maluqueira geral que grassa nos altos quadros do ME e contra a histeria da Ministra...
Continua, Carlos Alberto... Continua "Miguel Abrantes"...
O PS agradece a vossa contribuição para o abandalhamento do Ensino em Portugal.
"enho orgulho, porque finalmente, este Pais tem uma MINISTRA da EDUCAÇÂO, que sabe o que quer"
É por isso que, por ordem da Ministra, tiveram de ser feitas por quatro vezes os horários, porque a senhora dava ordens contraditórias...?
É por isso que, para o caso dos professores com doença que mudaram de Escola, o ME lançou um esclarecimento, com regresso dos professores às Escolas, que as 5 Direções Regionais de Educação interpretaram, CADA UMA, de forma diversa e contraditória...?
Carlos Alberto, os comprimidos não estão resultar... O teu médico tem de resolver o teu problema...
"Tenho orgulho, porque finalmente, este Pais tem uma MINISTRA da EDUCAÇÂO, que sabe o que quer, e quer por ordem nisto."
Exacto, as últimas (fora as encapotadas...) agressões a professores e funcionários das Escolas provam isso mesmo...
Eu se fosse ao Carlos Alberto estava muito preocupado, então tem 1 filho no 10º Ano que não sabe o que lê, e só agora é que se preocupa, o professor do seu filho não dá aulas só ao seu filho, você andou a fazer o quê nos últimos 10 anos? Saíu de casa e voltou agora? E já agora a maioria das escolas não tiveram feriado no dia 13, como você se calhar teve, há muito Portugal para além de Lisboa, portanto não estou a ver onde você quer chegar com essa das mini férias, se calhar você é que aproveitou esta semanita, já que o filho esse é que está de férias, não é ...
E já agora, não é suposto os sindicatos defenderem os direitos da sua classe, e a Ministra também é professora, só que é daquelas que trabalham "muito" é Professora Universitária, sabe daquelas que formaram os professores que dão aulas ao seu filho...
Um voz insuspeita de quem tem curriculum. Portugal não está em condições de continuar a suportar as ineficiências do sector público parte do uqla vota na direita mais conservadora.
Mudanças para termos futuro impõem-se.
A acreditar no discurso dos políticos o ensino é mau por culpa dos professores.
E eu digo que o ensino é mau, como a justiça é má, como a economia é má, como o ambiente é mau, como a saúde é má, etc, por culpa dos políticos.
Pergunto eu, que não sou professor e percebo pouco destas coisas, por onde andavam a ministra e os secretários de estado durante estes conturbados tempos de reformas e contra reformas?
E o solidário Cavaco, por onde andava? E a terceira figura do estado o dinâmico Jaime Gama? E os Costas? E os políticos, do governo ou deputados, que durante estes últimos 30 anos governaram o ministério da educação, onde estavam?
Quem fez as leis que levaram o ensino a bater no fundo?
No meio de tudo isto de quem é a responsabilidade? Dos sindicatos, professores ou dos políticos defensores de interesses privados?
Não há bons professores? Em 140.000 não haverá bons professores? E estes devem sofrer as consequências daquilo que os maus políticos, Cavaco por exemplo, andaram a fazer?
Que dizer dos professores que ultrapassam frequentemente as suas funções e são sociólogos, psicólogos e educadores e ainda conseguem ensinar? Que dizer dos professores que conseguem fazer aquilo que as casas de correcção, com um rácio absurdo de técnicos para "alunos", não fazem? Que dizer de professores que lidam diariamente com deficientes e alunos ditos normais e conseguem resultados? Como é possível que hoje, ser professor, seja em muitos sítios uma profissão de risco? Como é possível dizer-se publicamente na TVSIC que se a professora "levou na cara é porque foi injusta para o aluno?"
Não percebo patavina de ensino mas não posso deixar de admirar os bons professores que tive nas normais escolas publicas.
Ensinaram-me muito e mostraram-me muito. A mim e às largas centenas que comigo estudaram; e nós eramos "frescos".
A CC deve deixar-se de demagogias e entrar no facilitismo de acusar quem está mais "à mão" esquecendo-se, "distraidamente" dos verdadeiros responsáveis. Até porque numa sociedade doente como a nossa não faltam caçadores de bruxas. E as consequências é que os cidadãos de qualidade vão começar a fugir do ensino como o gato escaldado, porque querem estar numa profissão digna como já foi em tempos.
E isso é mau.
E os primeiros responsáveis por isto são os políticos do bloco central que nos governaram durante estes últimos 30 anos. E que hoje, desavergonhadamente, fogem das suas responsabilidades e vão tirando o cavalinho da chuva.
O CC não pode acusar a parte só porque o todo é poderoso e pode distribuir algumas benesses.
O Contabilista
100% de razão ao contabilista!!! Os principais responsáveis por este estado de coisas, não só na educação, como na saúde, na justiça, etc., são os caciques que nos têm governado. Os professores são, também eles, vítimas desta mediocridade. Já agora, será que a justiça e a saúde já funcionam? Este governo já resolveu os problemas destes sistemas? Já não prescrevem processos aos milhares? Os doentes já são tratados como pessoas nos hospitais? É que, parece que já está tudo bem nestes sectores! Os magistrados andam calados, os médicos e enfermeiros não tugem nem mugem!!!
Maria da Fonte.
Caro Carlos Alberto:
Continua dizer as mesmas baboseiras e a defender os seus patrões xuxalistas.
Aprenda:
"Tenho orgulho, porque finalmente, este Pais tem uma MINISTRA da EDUCAÇÂO, que sabe o que quer, e quer por ordem nisto."
Queria dizer "quer PÔR ordem"...
Os comprimidos continum a não fazer efeito - tente o dobro da dosagem ou ofereça umas velinhas à Senhora de Matosinhos...
Como oficial de justiça prefiria ser avaliado pelo público do que pelos básicos de ora e de agora.
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