A corajosa corporação do Ministério Público começou o trabalho de sapa contra o vice-procurador-geral indigitado. Ressabiada com a escolha efectuada por Pinto Monteiro, como já aqui havia dado conta, apareceu hoje pelos jornais — "fontes do Ministério Público" — acusando Gomes Dias de estar há muitos anos fora dos tribunais (escamoteando-se que o cargo que ocupava é inerente à magistratura do Ministério Público) e de ter dado um parecer favorável a um ex-ministro do PSD. Em termos políticos, para uma corporação cuja cúpula sindical tem o alto patrocínio de Marques Mendes e Paula Teixeira da Cruz, não está mal.
Consta que Cluny, Cândida Almeida e os restantes sindicalistas andam agora a (re)ler As Duas Tácticas da Social-democracia na Revolução Democrática. Enquanto uns defendem que o melhor é zurzir, desde já, o procurador-geral e o indigitado vice-procurador-geral, outros preconizam uma trégua — pelo menos enquanto não estiver preenchido o cargo de procurador-geral distrital de Lisboa.
Adivinhe, caro leitor, quem são os bolcheviques e os mencheviques no Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.
3 comentários :
Niguém comenta?!! Estou varado!
Ninguém comenta?!!
Ora, ora, mencheviques e bolcheviques, nada nos diz. Ainda se a história da revolução russa nos ensinasse como manter o subsídio de renda que o Sócrates quer acabar
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