segunda-feira, outubro 02, 2006

Um seguro de vida chamado Casa Pia



Hieronymus Bosch, The magician, 1475-80



A entrevista dada pelo Dr. Souto Moura ao Sol serviu para ofuscar branquear a sua actuação à frente da Procuradoria-geral da República. A mesma equipa que dirigia o Expresso, aquando da Operação Furacão, foi a que agora fez a entrevista.

Nem uma pergunta lhe foi feita sobre a Operação Furacão, que esses mesmos jornalistas consideraram, há um ano, uma operação de grande envergadura e importância.

Nem uma pergunta lhe foi feita sobre os casos controversos em que o Ministério Público esteve envolvido.

Nem uma pergunta lhe foi feita sobre os processos arquivados, que deram origem a que Dr. Souto Moura recebesse o carinhoso cognome de Arquivador-geral da República.

Nem uma pergunta lhe foi feita sobre os inúmeros inquéritos que foram abertos e cujos resultados nunca foram conhecidos.

E o Dr. Souto Moura começou a entrevista dizendo que não sabia lidar com a comunicação social...

O processo Casa Pia foi o seguro de vida de Souto Moura. Tudo o resto passou para segundo plano. Essa é que é essa.

4 comentários :

Anónimo disse...

O que um artista faz para que o quase-ex-PGR não ir explicar algumas coincidências e intervenções pessoais ao Parlamento no Caso CASA PIA.

Anónimo disse...

Disse uma grande verdade, a CPia foi uma cortina de fumo maravilhosa.

Anónimo disse...

Tem como atenuante, terem-lhe assaltado a chanchelaria

Anónimo disse...

"Arquivador-geral da República", todos o sabemos, era Cunha Rodrigues...

Depois do telefonema, que todos ouvimos na TV, do actual Ministro António Costa para Paulo Pedroso (...)o pê erre já não pode fazer nada (...) está na altura de o teu irmão falar com o guerra(...) Souto Moura era um homem condenado.