José António Lima escreve sobre o aborto no luminoso Sol, censurando a pouca combatividade da direita e da Igreja Católica. Depreende-se do artigo que gostaria que a direita e a Igreja se tivessem oposto ao referendo — e, havendo referendo, adoptassem uma atitude mais dura.
Lima tem uma grande qualidade: é combativo, embora muito sectário. Mas também tem um grande defeito: é tão reaccionário que tem dificuldade em compreender a realidade.
Pergunta-se Lima, sem conseguir responder, sobre as razões que levam os adeptos da penalização a terem uma atitude mais complacente. D. José Policarpo, criticado por Lima, compreendeu o que o ajudante do pequeno arquitecto não consegue assimilar. O cardeal patriarca já compreendeu que as mulheres que pratiquem o aborto no início da gravidez não devem ser punidas.
É claro que os caminhos do Senhor são variados. A punição pode resultar de um regime ultraliberal (como o que resultou, nos EUA, do caso Roe versus Wade), pode resultar de uma indicação psicológica (como a da lei francesa, em que, por influência de Simone Weil, a angústia da mulher permite que aborte) ou até pode resultar de um visão elástica da “indicação terapêutica” (como sucede na Espanha).
De qualquer modo, contrariamente ao que Lima preconiza, é necessário abandonar a ideia errada e contraproducente de punir as mulheres grávidas, de as levar a abortar em condições desumanas, permitindo que as mais abastadas se possam deslocar ao estrangeiro para abortar. Isto é algo que o cardeal patriarca compreende — e até o Prof. Marcelo, amigo e conselheiro de José António Lima.
O referendo é necessário porque a lei em vigor não resolveu o problema jurídico, social e, sobretudo, de saúde pública que o aborto coloca. É assim tão difícil entender isto?
Lima tem uma grande qualidade: é combativo, embora muito sectário. Mas também tem um grande defeito: é tão reaccionário que tem dificuldade em compreender a realidade.
Pergunta-se Lima, sem conseguir responder, sobre as razões que levam os adeptos da penalização a terem uma atitude mais complacente. D. José Policarpo, criticado por Lima, compreendeu o que o ajudante do pequeno arquitecto não consegue assimilar. O cardeal patriarca já compreendeu que as mulheres que pratiquem o aborto no início da gravidez não devem ser punidas.
É claro que os caminhos do Senhor são variados. A punição pode resultar de um regime ultraliberal (como o que resultou, nos EUA, do caso Roe versus Wade), pode resultar de uma indicação psicológica (como a da lei francesa, em que, por influência de Simone Weil, a angústia da mulher permite que aborte) ou até pode resultar de um visão elástica da “indicação terapêutica” (como sucede na Espanha).
De qualquer modo, contrariamente ao que Lima preconiza, é necessário abandonar a ideia errada e contraproducente de punir as mulheres grávidas, de as levar a abortar em condições desumanas, permitindo que as mais abastadas se possam deslocar ao estrangeiro para abortar. Isto é algo que o cardeal patriarca compreende — e até o Prof. Marcelo, amigo e conselheiro de José António Lima.
O referendo é necessário porque a lei em vigor não resolveu o problema jurídico, social e, sobretudo, de saúde pública que o aborto coloca. É assim tão difícil entender isto?
9 comentários :
Ó Miguel, alem de sectario é inventor.
Só num País, em que os direitos e deveres não são iguais, é que se obriga não a criminalizar o aborto, como se permite, conhecendo, a exposição da mulher, as nossas eterna companheiras, se faça a IVG em curiosas e em vãos de escada.
Nem mesmo com oculos pagos com os nossos impostos, o Lima não vê nada disso - talvez o venha a "vêr", quando os "binoculos" passem a ser pago da sua algibeira, como eu faço.
Um abraço Miguel.
O Zé Bone hoje esta contente, o Conde hoje foi tratar dos cavalos, está com azia
O sr José Lima, como quse todos que foram iniciados na extrema esquerda, caminhou para o extremo oposto. Ali instalados e tendo de fazer prova de fé a todo o instante, tornam-se mais papistas que o Papa. A direita aprecia-os porque se tornam em autênticos modelos de paus-mandados. Vejam quantos estão em lugar de relevo, desdo Directores de Jornais até... às mais altas instâncias europeias.Sabem tratar da vidinha...Até negam o pai se necessário for. (excelente pos, como sempre!)
É curioso que sendo a lei igual à de Espanha, cá, para se fazer mesmo, tenha de se fazer um referendo...
Deve haver alguma diferença entre o PS e o PSOE...
Há siglas muito curiosas. Fiquei a saber que PS quer dizer tribunais portugueses e PSOE tribunais espanhois. O anónimo de Sáb Dez 02, 06:29:44 PM é esperto!
Só as sociedades mais atrasadas criminalizam o aborto...Combater o aborto é votar SIM no referendo.
O DN cita hoje este post. Parabéns!
Alguém que explique ao Lima, como se ele fosse muito burro, que a lei do aborto não vai ter efeitos retroactivos!...
Combater os abortos é não votar PS nas próximas eleições
Ó meu rico senhor, a Simone de que está a falar é Simone Veil, uma mulher da direita francesa, e não Simone Weil, uma filósofa francesa que se aproximou do catolicismo. Veja se fala com um pouco de propriedade.
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