Veja-se como reagiram os representantes dos magistrados judiciais:
“Com certeza, atendendo à origem profissional do senhor professor, é compreensível que a sua perspectiva esteja desfocada pelos números e percentagens. Só assim é compreensível a sua declaração. É pena que enquanto o professor foi ministro, o seu salário também não tivesse sido fixado em função dos objectivos alcançados.”
António Martins, presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses
“Tudo o que seja um incentivo ao mercantilismo dos juízes é um mau princípio, sem prejuízo de poder ser estudada uma forma de premiar quem trabalha muito e supera todos os obstáculos do sistema”.
Edgar Lopes, Associação de Juízes pela Cidadania
ADENDA — A ler também Nem tanto ao mar…, de Pedro Delgado Alves.
4 comentários :
Para poder declarar o meu apoio à proposta do honorável Eduardo Catroga só me falta saber quem definiria 'os objectivos' e quem chancelaria o respectivo 'cumprimento' ...
(se, acaso, este pequeno pormenor foi explicitado na intervenção do novo Senador, agradecia a informação)
Já agora, dê uma olhada ao caso espanhol, onde o respectivo tribunal constitucional considerou ser inconstitucional os juízes receberem "à peça", pois tal sistema leva-os a decidir com outro propósito que não seja o de fazer justiça.
(por exemplo, o o que interessa é "despachar", para receber, e não perder algum tempo a tentar descobrir a verdade ou, entre várias sentenças "à espera", há que fazer as fáceis, para ganhar algum, ficando as difíceis para... "depois de férias", inventando-se uns despachos para protelar o trabalho)
Eu vou mais pelo lado das respostas, aí sim, se define o intelecto dos juizes portuguses:
- do lado do Sr. martins, temos uma reacção corporativa,fechada,um não redondo a qualquer mudança.Eis um homem do passado, perfeito funcionario publico;
- O Sr. lopes,não concordando com a opinião expressa pelo sr. catroga, eu também não,porém com um espirito mais democratico aceita discutir e estudar outras formas de premiar quem mais trabalha. Aqui está um HOMEM actual,aberto e dialogante como devem ser as pessoas inteligentes.
é ignorancia e inveja, simples.
coitado deste país...
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