terça-feira, outubro 30, 2007

Bater no fundo




Se procurar no Público, não encontra. Há apenas uma notícia sobre a Sonaecom aí com uns 12 cm² no canto inferior esquerdo, mas nem uma linha sobre a aflitiva situação financeira do jornal superiormente dirigido pelo Dr. José Manuel Fernandes. Vem tudo no relatório e contas do 3.º trimestre enviado ontem à CMMV.

É por outras publicações que se fica a saber que o volume de negócios do Público continua a descer desceu, nos primeiros nove meses de 2007, 13,9 por cento face a igual período do ano passado. O relatório e contas explica:

    “Todas as linhas de receita decresceram face ao ano anterior: a redução das vendas de produtos associados [as bugigangas] de 42,1%, explicada pelo aumento da concorrência e pela saturação do mercado; a redução de 10,6% nas vendas de publicidade e as vendas de jornal reduziram 3,6% comparativamente com o terceiro trimestre de 2006”.

Ângelo Paupério, CEO da Sonaecom, procura justificar a situação através de factores externos (sem ter em linha de conta que a pobreza do conteúdo e o fundamentalismo militante do Dr. Fernandes transformaram o Público num produto invendável):

    “Depois de completar o seu processo de reestruturação, com uma poupança visível ao nível dos custos fixos, e depois do relançamento do novo jornal, o Público continua a enfrentar dificuldades no crescimento das receitas, em particular das receitas de publicidade, que sofrem a pressão dos níveis de circulação por via da concorrência gerada pelos jornais de distribuição gratuita".

Pois é, “com uma poupança visível ao nível dos custos fixos”, quem tem de aturar agora os leitores é o provedor, que, semana após semana, já não sabe como justificar os erros grosseiros e as manipulações.

Bem vistas as coisas, já tendo disponíveis na Net os artigos de opinião de Vital Moreira, de Pedro Magalhães, de Rui Tavares — e mesmo de Pacheco Pereira, valerá a pena continuar a comprar um jornal que até censura as palavras do próprio presidente executivo, só para que não se perceba os motivos por que, mais tarde ou mais cedo, o director vai ter de levar um piparote?

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¹ “Bater no fundo” é uma figura de estilo, porque a crueza dos números demonstra, no caso do Público, que se pode ir sempre mais fundo.

8 comentários :

Quintanilha disse...

Público?!

Para esse peditório, eu não dou não!

Antonio Almeida Felizes disse...

"Estou a impulsionar o projecto e tenho o apoio da direcção e administração. Se no final se chegar à conclusão de que não sou a melhor pessoa para as executar, o que importa é que estejam as melhores pessoas nos melhores lugares."

Citação de José Manuel Fernandes, em meados de 2006

Regionalização
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Anónimo disse...

Jornal Público?!? Também já não dou para esse peditório. Estou à espera que o Fernandes leva um pontapé no c.!

Anónimo disse...

De que é que estavam à espera? O jornaleco dirigido (?) muito mal, por um individuo incompetente e burro, só pode acabar mal.
Também não dou para esse peditorio.

Anónimo disse...

Caro Abrantes, concordando eu consigo acerca do Público, com que jornal fico eu para ler? Quer dar-me uma dica?

Anónimo disse...

O pensamento do Sr.Abrantes, ao serviço do partido do orçamento : "Se calarmos o Publico fica tudo na paz do senhor."
O Eng.Belmiro não se senta à mesa do orçamento e já percebeu como o Público incomoda

Anónimo disse...

Esta central de comunicação não gosta do P.Por acaso eu também não por ter lá tipos a escrever que só dizem porcarias e mesmo que as não digam estão disponíveis para as dizer, defendendo a sua dama de esquerda que conta.Entre esles claro o próprio provedor.
Se o Belmiro quiser lucro que despeça os esquerdistas e entregue o jornal a VERDADEIROS DEMOCRATAS e não a tipos disfarçados de democratas.
Vc não gosta do P porque por motivos que todos nós sabemos cairam em desgraça... mas caramba não se pode ter tudo.Com tanto jornal e só o P serve de bombo?Por não "comer" na manjedoura adequada?
Continue que ainda lhe vão dar uma pensãozinha de anti-fascista (acumulando claro)

Anónimo disse...

"O Sarjeta" vai ter de se esvair em sangue até o fim para perceber que não pode brincar com a verdade, falsear, denegrir, mentir e mistificar, e continuar impune.

Será punido pelo mercado. Nós os leitores não somos nenhuns macacos de JMF.

A resposta para a questão do outro: vamos ter de passar a ler o "El País". Não seria melhor se nos lijássemos de ter jornais? Com jornalistas tão maus, agentes de propaganda manipuladores, mesmo mesquinhos, para que haver jornais?

Edie Falco