terça-feira, outubro 30, 2007

Legalidade democrática: das escutas ao poder feudal


Feudal serfs giving animals to their lord [The Granger Collection, Nova Iorque]



O Ministério Público, ao qual cabe a defesa da legalidade democrática [artigo 1.º do Estatuto do Ministério Público], está nas mãos de um poder feudal, repartido entre “o conde, o visconde, a marquesa e o duque”. Este quadro assustador é traçado pelo procurador-geral da República.

A bem oleada máquina dos sindicalistas soube centrar a atenção dos media na questão das escutas. Mas saber que a defesa da legalidade democrática está entregue a um poder feudal seria cómico — se não fosse trágico. Os deputados têm hoje, quando ouvirem as explicações de Pinto Monteiro, uma oportunidade única para esclarecer também a questão do poder feudal que domina a magistratura do Ministério Público.

2 comentários :

Anónimo disse...

Até quando vai durar a tese da conspiração, que supostamente o MP leva a cabo?
Até acabarem as escutas nos inquéritos e existirem apenas no SIS?
Acabem com as escutas de uma vez ao menos tenham essa frontalidade.

Anónimo disse...

Feudal e corporativo. Perguiçoso e autoritario.