terça-feira, outubro 16, 2007

Novas trapalhadas de velhos foliões – a “nova constituição” [2]

Vital Moreira também escreve hoje sobre a “nova constituição” de Menezes no Público. Enquanto se aguarda que coloque o artigo intitulado O radicalismo de Menezes na Aba da Causa, aqui fica um extracto:

    «A ideia de refundação constitucional não é somente constitucionalmente insustentável, visto que a Constituição só pode ser alterada por via de revisão, e não de uma “novação” constitucional. É também politicamente despropositada. Uma das características habituais do discurso político radical — e o menezismo é um radicalismo — consiste em pôr em causa a própria lei fundamental do país, a pretexto da salvação do país, mesmo que o levantamento da questão constitucional seja um fenómeno claramente artificial, como sucede entre nós. De facto, os problemas do país não estão na Constituição, e mesmo na medida em que possam ter uma vertente constitucional para algumas orientações políticas mais liberais no campo económico e social, eles não passam por uma “refundação constitucional”, reduzindo-se a questões pontuais de revisão constitucional.»

3 comentários :

Anónimo disse...

Na minha opinião, a Constituição actual é sim um factor de impedimento do desenvolvimento do país. parece que Menezes está a mexer naquele vespeiro que ninguém quer mexer, e que mantém todo o sistema viciado.
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A ractificação do tratado pelo parlamento é uma boa notícia que vem da oposição. Até que enfim, uma oposição responsável, até agora, nada populista. O problema será com Santana no parlamento....

Sócrates já deve estar a esfregar as mãos. Esse debate vai valer a pena. Vai espirrar sangue.

Edie Falco

Unknown disse...

Ó Edie:

Não é "ractificação", mas "ratificação" (do latim "ratum facere").

Factor de impedimento do desenvolvimento é o semi-analfabetismo.

Anónimo disse...

Obrigado pela correcção.

Mas é um bocado excessivo dizer que é semi-analfabetismo. Aqui nos comentários não me parece que as pessoas estejam a revisar o que escrevem ou com cuidados. Pare de ser semi-analfabeto de espírito, menininho. Já agora deve ser o menininho guerreiro, não?

Edie Falco