- "Sou muito amigo do dr. Almeida Rodrigues, já trabalhei com ele várias vezes, mas também sou procurador-geral adjunto com dez anos de cargo e por uma questão de estatuto não podia ficar" [na dependência hierárquica de um polícia].
"Se eu ficasse, seria mal visto pelos meus colegas do Ministério Público".
- Baltasar Pinto, director nacional adjunto da Polícia Judiciária, em declarações ao JN
10 comentários :
É impressão minha ou, aqui no Blog, começou a falar-se da 'nova' direcção da PJ sem, antes, se ter escrito uma palavra sobre a queda da anterior e das circunstâncias que a rodearam ?
... por uma questão de estatuto não podia ficar" [na dependência hierárquica de um polícia].
"Se eu ficasse, seria mal visto pelos meus colegas do Ministério Público".
É por estas e por outras que este país não sai nunca da cepa torta.
É o estatuto, é o ser mal visto, é o ter como chefe alguém que não faça parte do meu corporação etc, etc.
Vamos continuando cantando e rindo neste "jardim" à beira mar plantado.
A corporação é mais importante que a competência para o desempenho de um cargo?
Parece que sim. A continuar desta forma não vale a pena insistir. Estamos condenados a viver na mediocridade.
Para este País continuar a ser uma autêntica cagadeira, esta gente, se não existisse, teria de ser inventada. Como existe em abundância temos assegurado o futuro desta merda. (Desculpem lá a linguagem, mas começa a ser difícil usar outra)
Este post é dos mais importantes. Suscita o debate.
Eu retiro duas conclusões:
1- o Dr. Baltasar Pinto é livre de fazer as opções profissionais que entender e devemos respeitar esta sua liberdade
2- O Ministério Público é que dirige o inquérito e é responsável pelos processos criminais, coordenando a actividade das polícias; delega e avoca as diligências
3- É natural que o Dr. Baltasar Pinto se veja numa situação delicada e tenha sido diplomático, dizendo que simpatiza com o Dr. Almeida Rodrigues, mas que pretendia evitar melindres no seio do Ministério Público.
Seria mais ou menos o mesmo se um médico aceitasse ser director-adjunto de um lar de idosos, cujo director fosse enfermeiro.
Mas outra pessoa poderia ter posição diferente e aceitar aquela situação. Temos de respeitar os dois pontos de vista.
O Dr. Baltasar Pinto foi para a judiciária enquanto polícia e não procurador. Ou seja, qq membro do MP que esteja na PJ está a desempenhar funções de polícia. Qual é o problema de ter um polícia a comandar outro polícia?
O medo que estes magistrados tem da gestapo do sindicato do MP e do seu presidente vitalicio. A democracia ainda não chegou ao MP? Começo a ter razões para acreditar que existe realmente perseguissão e medo no interior do MP.
No meu tempo de tropa dizia-se:
Militar está 4 graus acima de cão.
Cão está 4 graus acima de polícia.
Bons tempos em que as coisas eram claras.
Boas noticias que eu ouço...um Judite a frente da pj, nem mais
Lembro e recordo o Parente o terror dos arrebentas e dos xulos
>O que pais precisa e de acçao...o magistrado so serve para complcar.
Invocando boas ou más razões - e, a meu ver, as razões invocadas são as más (ao contrário, p. e., das do ex-director) - o Dr. Baltazar Pinto pôde ir-se embora, sem constrangimentos de perda de emprego, nem de pré ...
E a diferença é que outros - certamente tão bons ou melhores -podem não dispor da mesma folga ...
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