terça-feira, maio 27, 2008

Jornalismo de referência

1. Questiona-se aqui: “o que é que me diz que o Público não comete sucessões de erros idênticas quando trata temas que não domino e sobre os quais confio na credibilidade da informação do jornal.” Pois, não é apenas a canga ideológica que nos é vendida de contrabando que está em causa: a redução de custos (ou seja, a substituição de jornalistas consagrados) faz-se sentir, de forma notória, na qualidade do produto vendido por José Manuel Fernandes, como se vem aqui pacientemente demonstrando.

2.O jornalismo está mesmo transformado numa coisa indigente”, escreve um leitor do CC a propósito disto. E, mais à frente, acrescenta: “Este artigo suspeito tem erros factuais em todos os parágrafos. Até se afirma aí que Cavaco Silva derrotou Mário Soares em legislativas.” É estranho, de facto, que tantos erros grosseiros tenham escapado a toda a cadeia do DN, do jornalista à direcção, passando pelos editores.

3. Em poucos dias, é a segunda vez que o Público aparece preocupado com os supermercados discount. Hoje, dedica duas páginas ao alegado racionamento de arroz na cadeia de lojas Lidl. Nem se percebe bem a notícia — a não ser que a sua leitura seja conjugada com a da secção das setinhas, na qual o Lidl é agraciado com uma setinha para baixo, alegadamente por ter levado a cabo uma operação de marketing para escoar os stocks de arroz. Só faltava mais esta: pagar como jornal de referência um prospecto informativo do Continente.

1 comentário :

aviador disse...

Daniel Oliveira disse hoje que Miguel Abrantes não existe.

Pessoalmente tanto se medá.

Prefiro o MA desconhecido que o DO conhecido.

De qualquer modo acho que merece uma qualquer resposta da vossa parte.