quarta-feira, julho 02, 2008
Notas soltas sobre um desastre anunciado [2]
Num inquérito promovido pelo Público durante a campanha das directas no PSD, Ferreira Leite afirmou, referindo-se nomeadamente à saúde, que admitia privatizar todos os serviços fornecidos pelo Estado, salvo os que se relacionam com as funções de soberania (tribunais, forças armadas, polícia, etc.).
No congresso, a líder do PSD procurou corrigir o tiro. O SNS “deve ser universal e de acesso gratuito a todos os que não têm meios para comparticipar o custo dos serviços prestados.” Seja o que possa querer dizer um serviço “universal” só para uma parte da população, Ferreira Leite prometeu dar com uma mão o que pretenderia tirar com a outra, ao questionar a actual forma de “financiamento” do SNS, sem dizer que alternativa tem em mente.
Na entrevista à TVI, surge uma Manuela desempoeirada a defender o SNS: “Parece-me inaceitável que se feche um serviço sem haver alternativa. Acho que se fecha um serviço havendo uma alternativa melhor do que esta para que as populações percebam que aqui estão mais bem tratadas do que estavam ali. Agora fechar este sem nada… evidentemente que isso é andar de trás para adiante e eu acho que se deve andar de diante para trás.”
Não fosse o pensamento a ter traído e a gente até acreditava que havia renegado as posições defendidas nas directas.
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