Tomei agora consciência de que ficaste melindrado por não ter reservado uma pasta para ti no governo
- 1.ª Pensei que seriam para levar a sério as tuas opiniões acerca de Manuel Alegre, quando disseste, ainda este ano, que O alegrismo é um estado de espírito passageiro. Ou quando, respondendo ao comentador Nel, afiançaste que “tenho mais respeito político por Soares do que por Alegre”, estando até disposto a “debater o assunto, se [o Nel] quiser.” Ou quando te mostraste incomodado com o que chamaste de “o discurso anti-partidos” de Alegre, que traduziste numa daquelas fórmulas que usas habitualmente para delícia dos que confundem o género humano com o Manuel Germano: “Felgueiras e Alegre, a mesma luta”.
2.ª Por outro lado, como sabes, muito embora tenha votado a instituição das quotas na avaliação dos trabalhadores da Administração Pública, Manuel Alegre apareceu a contestar a política educativa do Governo (depois de se ter oposto à política de saúde, que consiste em substituir enfermarias de vão-de-escada para dar picas por unidades com os aparelhos indispensáveis para uma adequada defesa da saúde pública). Sabendo eu que tu estás, no essencial, de acordo com as políticas do Governo nas áreas da Educação (Concordo com quase tudo o que disse a ministra da Educação, há dois dias, sobre os professores.), da Saúde (Concordo muitas vezes com o que diz o ministro da Saúde sobre os médicos.) e da Justiça (Concordo muitas vezes com o que diz o ministro da Justiça sobre os juízes.), não te queria ver forçado a defender políticas que te violassem.
3.ª Por fim, foste bem claro aquando da tentativa de “assassinato” do Zé em plena Praça do Município: não te revês num partido que queira apenas ser oposição e se recuse a assumir responsabilidades de poder. Não te faria, por isso, a maldade de te enfiar no mesmo saco desta falsa alternativa de esquerda.
Até amanhã, camarada.
1 comentário :
Uma das principais razões deste finca-pé do Governo na avaliação é a vontade de poupar uns trocos à conta dos professores, como se pode ver bem do exemplo que é o limite estabelecido às classificações máximas.
Foi assim de uma maneira geral com os funcionários públicos, a poupar dinheiro com as reformas, com a assistência na saúde, com o congelamento de escalões, etc.
Para manter o déficit dentro dos limites impostos pela Europa não houve cedência.
Agora para apoiar os banqueiros burlões e especuladores já a própria Europa acha que se deve sacrificar o déficit e apoiar essa gente.
Os beneficiários são, claro, os contribuintes. Os mais desfavorecidos que assim poderão conta com o apoio dos bancos.
Não se riam que o caso é sério.
E o nosso governo xuxa, mais uma vez, segue a voz do dono.
Marimbando-se para a espectativa dos que pensavam estar a votar num partido nacional e de esquerda.
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