terça-feira, janeiro 13, 2009
Convergência à esquerda
O Orçamento do Estado para 2009 criou a figura dos fundos de investimento imobiliário para arrendamento habitacional (FIIAH), vocacionados para a compra de fogos a proprietários que irão arrendar posteriormente a sua anterior fracção, mantendo em aberto a possibilidade de o voltar a comprar mais tarde. A ideia é que as rendas possam ser mais baixas do que a prestação mensal do crédito bancário.
Nuno Teles, no Ladrões de Bicicletas, discorda das críticas aos FIIAH: “A criação deste tipo de fundos parece-me uma medida acertada de resposta à crise. Através deste mecanismo as sobreendividadas famílias portuguesas poderão transformar os suas onerosas prestações em rendas mais baratas, ficando com a opção de compra do imóvel. Ao mesmo tempo que se apoiam as famílias mais fragilizadas pela crise, criou-se assim uma rede da protecção de toda a economia face à crise, em particular dos sectores imobiliário e financeiro.”
Pena é que Francisco Louçã não consiga ver nos FIIAH mais do que uma marosca: “O fundo de investimento imobiliário para arrendamento habitacional é a marosca deste Orçamento do Estado”.
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