domingo, janeiro 11, 2009

Leituras

• Entrevista a Barack Obama — “Me siento abrumado por los retos que nos aguardan”:
    "Hay consenso entre economistas sobre la necesidad de un plan de recuperación"

    "Quiero poder tener una relación real con la gente de fuera de la Casa Blanca"

    "Vigilaremos que las normas se cumplan, la supervisión y la transparencia"
• António Alberto Silva, Situação no Ensino Básico e Secundário: partilha de um desabafo reflexivo:
    “Em relação a outros motivos, os professores não têm razão. Na Administração Pública em geral está em vigor o SIADAP (Sistema Integrado de Avaliação na Administração Pública). Foi legislado por um Governo do PSD — e bem. No SIADAP há quotas de classificação — e bem. Em todas as carreiras profissionais há categorias a que se acede com base em avaliação de mérito — e bem.

    Nas carreiras da Administração Pública em que não é aplicado o SIADAP aplicam-se sistemas mais exigentes, com mais categorias e mais restrições para atingir o topo da carreira (onde há menor percentagem de lugares). É o caso da carreira docente do Ensino Superior e de outras, como a judicial e a militar. Os soldados podem ser todos excelentes, mas nem todos são generais.

    Os docentes do Ensino Superior podem ser todos muito bons, mas nem todos são Catedráticos ou Coordenadores e, para se chegar ao topo, é obrigatório obter graus (Mestrado, Doutoramento, Agregação) e concorrer em Concursos Públicos. Um Assistente que não obtenha o grau académico necessário e não tenha no Quadro lugar de Professor é excluído da carreira, mesmo com 6 a 10 anos de bom serviço.”
• Carlos Abreu Amorim, O número dois:
    “Rio simboliza parte da dramática solidão em que MFL está embrenhada – quase todos os que a rodeiam não querem o êxito eleitoral do PSD e muitos (incluindo alguns entes menores) vêem-se na posição de seus sucessores após a derrota previsível.”
• Fernanda Palma, Redução da criminalidade:
    “No que respeita à redução da criminalidade, sobretudo violenta, é desejável uma estratégia unificada (contemplando diversas áreas de governação), estável e institucionalizada, formulada por prioridades e executada sectorialmente – com contributos não estatais. Só assim se dará conteúdo às Leis de Política Criminal. Apetece dizer, citando o programa do Governo Civil de Lisboa para a educação musical dos jovens de bairros sociais, "Bora Nessa".”
• Joseph E. Stiglitz, El retorno triunfante de John Maynard Keynes:
    “Ahora somos todos keynesianos. Incluso la derecha en Estados Unidos se sumó al bando keynesiano con un entusiasmo desenfrenado y en una escala que, en algún momento, habría sido verdaderamente inimaginable.

    Para quienes nos adjudicábamos alguna conexión con la tradición keynesiana, éste es un momento de triunfo, después de que nos dejaran en el desierto, prácticamente ignorados, durante más de tres décadas. En un nivel, lo que está sucediendo ahora es un triunfo de la razón y la evidencia sobre la ideología y los intereses.

    La teoría económica se había dedicado a explicar durante mucho tiempo por qué los mercados sin obstáculos no se autocorregían, por qué se necesitaba regulación (…)”.
• Kenneth Rogoff, ¿Ha perdido Estados Unidos su empuje?:
    Uno de los elementos básicos de un paquete de recuperación es, en primer lugar, un enfoque racional para volver a hacer arrancar el sistema financiero, lo que significa una determinación de precios de los activos ajustada al valor real del mercado, reestructurar y recapitalizar los bancos, y una nueva aproximación a la regulación que permita creatividad, al tiempo que proteja mejor al público contra parte de la locura que ha predominado por más de una década. Es necesaria la ayuda para la vivienda, para prevenir que los precios de las casas se disparen, así como un estímulo macroeconómico masivo que incluya una política monetaria moderadamente inflacionaria.”

    “Puede que Estados Unidos sea la "zona cero" de la crisis financiera global, pero no es el único país cargado de dudas sobre sí mismo. Gran Bretaña, Irlanda y España también están sufriendo crisis financieras de una magnitud similar. Algunos países que dependen de las exportaciones energéticas, como Rusia y Venezuela, están sufriendo contracciones de la actividad económica incluso peores. Hasta China, que antes parecía invulnerable, debe prepararse para una reducción a la mitad de su índice de crecimiento. Europa y Japón no se encuentran en problemas financieros tan complejos como el de Estados Unidos, pero aun así están en recesión. La economía mundial está en aprietos.”
• Loureiro dos Santos, A ‘arma’ do gás:
    “A Gazprom é um instrumento estratégico da Rússia, que usa a dependência em gás dos países europeus, especialmente dos que foram da URSS, para obter objectivos políticos.”
• Paul Krugman, Luchar contra la depresión:
    “La afirmación de Friedman de que la política monetaria podría haber evitado la Gran Depresión fue un intento de refutar el análisis de John Maynard Keynes, quien sostenía que, en situaciones de depresión, la política monetaria es ineficaz y que hace falta una política presupuestaria -gasto deficitario a gran escala por parte del Estado- para luchar contra el desempleo. El fracaso de la política monetaria en esta crisis demuestra que Keynes lo entendió a la primera. Y el pensamiento keynesiano está detrás de los planes de Obama para rescatar la economía.”
• Pedro Adão e Silva, Falar mentira:
    “O Presidente tem chamado a atenção para os níveis de endividamento externo e o modo como estes comprometem o futuro do País. Ninguém discordará da dimensão do problema, ainda que possa haver dissensão quanto à sua natureza. Mas há assinalável discórdia sobre a prioridade a dar ao tema em 2009. Não há uma verdade insofismável sobre o que fazer quanto ao endividamento externo. Enquanto o Presidente insiste no tema, por exemplo, Vítor Constâncio, na nota introdutória ao Boletim de Inverno, distancia-se da “verdade” presidencial. A “mentira” de Constâncio é bem diferente da “verdade” de Cavaco, quando afirma que, “no curto prazo, conter mais o crescimento do endividamento externo implicaria o agravamento da recessão, que não seria aceitável face aos riscos de desemprego e perda de rendimento que implica. A prioridade da política económica em todos os países consiste agora (...) em adoptar políticas expansionistas.” Aos olhos do Presidente, imagino que seja uma “mentira”. Mas parece-me uma boa “mentira”, porque serve para demonstrar que contra factos há argumentos e é de argumentos que a política precisa – em especial, a política económica num contexto de crise profunda.”

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