sábado, fevereiro 07, 2009

O Sol Público, Inimigo do Povo




Os media portugueses, coitados, perante a exiguidade de mercado têm que fazer pela vida, às vezes das formas mais mirabolantes.

O Público, por exemplo.

Um certo dia, o Fernandes percebeu que os leitores já só compravam o jornal pela graça que lhe achavam e não para se informarem. E foi aí que criou o Inimigo Público - "Ah, vocês gostam é de mentirolas, então tomem lá em pacote..."

O Inimigo Público começou por sair às sextas-feiras, porque o Fernandes é uma pessoa com muitos estudos (leiam os editoriais, leiam os editoriais...) e disse que sexta era o melhor dia.

Mas a verdade é que o Inimigo nunca conseguiu bater o pai. As pessoas iam comprando às sextas, mas continuavam a preferir o produto original. Os seus delírios, as suas mentiras, as suas graças involuntárias, enfim, os seus editoriais. O Fernandes não tinha acertado (eu disse para lerem os editoriais...) com o dia da semana e passou o Inimigo para as quintas. Mas também não resultou - as pessoas continavam era a comprar nos outros dias, continuavam a preferir o produto original.

Até que o Fernandes teve outra ideia (eu disse-vos... ele tem estudos) - publicar o Inimigo ao sábado disfarçado com outro nome. E foi assim que nasceu o Sol Público, Inimigo do Povo (o "Povo" é uma coisa freudiana do Fernandes, que lhe ficou dos tempos da esquerda radical da Voz do Povo).

A primeira página de hoje está bem conseguida, embora seja pena que a piada mais engraçada (uma Nota Editorial chamada "Quem tem medo do Freeport?) esteja quase escondida. Mas, por exemplo, a relevância de ter Macário Correia a dizer, em título, que "há excesso de deputados" vale bem os 2,5 euros (agora nem com ofertas, nem sem ofertas...).

E as páginas iniciais desta edição também estão catitas. Principalmente aquela história maravilhosa do advogado José Maria Martins, que agora representa um emigrante em França com vergonha do torrão natal (!!!).

Mas as melhores páginas desta edição são, porém, as 30 e 31. Ao lado da habitual crónica de Margarida Rebelo Pinto destinada a "entesoar" os leitores (a expressão é utilizada na página 36 por uma escritora estrevistada), decidiram publicar sete meias colunas e um gráfico sobre o... "combate à humidade".

Definitivamente, este jornal quer dar com os seus leitores em malucos.


Contributo do João

3 comentários :

Anónimo disse...

há uma duvida de base que aqui gostava de expor e discutir...

será que o caso BPN é suficientemente importante para justificar a estrategia do "tudo por tudo" dos cavaquistas do PSD, no seu projecto de reconquista do poder?

Será isso a justificar os metodos requentados de atacarem Socrates, logo a partir das crises primeiras do BCP, depois BPN, agora tambem BPP?

não me lembro de os ver atacar os "prevaricadores" desses casos,

mas sempre a "regulação" do BdP, para, enfim, agora no freeport, desesperados, baterem mesmo mas já no PM própriamente dito...

Será??

A ser asim , SE conquistassem o poder, o que aconteceria a todos estes processos destes bancos?

abraço

Anónimo disse...

Uma autentica MERDA, só um louco perde tempo a ler esses disparates maiores que o nariz de SOCRATES:

Aguentem meus caros, são mais 5 anos com um excelente 1º.-MINISTRO.O MERLHOR DE SEMPRE, nem que o fascistoide do mjf se fod...

Anónimo disse...

Os estagiários/jornalistas do glorioso SOL andam excitadíssimos com o Freeport.
O problema é que todo este frenesim lhes retira a capacidade de análise e validação dos próprios textos que escrevem.
Depois acontecem erros crassos, como o que aconteceu neste fim-de-semana, onde na capa da revista TABU se escreve que o Dr. Macário Correia teve uma “edução rural no Algarve”.
O bom do Macário, depois de ser mordido pelos tablóides rascas cá do sitio, parece que agora tem à perna um SOL luminoso e incompetente.