José Manuel Fernandes fez coincidir a distribuição de uma colectânea de música vulgar com o nascimento do "i". Bem pensado: afinal de contas, o "i" tem o plantel de colunistas com que o director do Público sempre sonhou. Todo o cuidado é pouco com a concorrência.
O plano é maquiavélico: nuns dias, o CD é dado, noutros custa 1,95 euros, o que cria no leitor aquela sensação de desorientação que só as drogas duras permitem alcançar.
Hoje, terça-feira, o CD é vendido, supostamente com o jornal. Ou seja, por 2,95 podemos levar para casa um jornal feito pelo José Manuel Fernandes e um CD de música seleccionada pelas filhas do George W. Bush e pelo João Carlos Espada. Enfim, gostos não se discutem, não é?
Só que - e eis o que espanta... - hoje, terça-feira, logo pela manhã, havia montanhas, sim, montanhas, de Público nas caixas do Continente. À borla... Os CD, esses, presume-se, ficarão nos quiosques e serão devolvidos no fim do dia.
Ora isto configura uma de duas situações:
a) alguém na empresa do eng.º Belmiro está farto de exercícios contabilísticos para cobrir as aventuras de José Manuel Fernandes e decidiu sabotá-lo;
b) a coisa tem o conhecimento directo do eng.º Belmiro e apenas vem provar que, mais preocupante que o crime de enriquecimento ilícito, só mesmo o de empobrecimento ilícito.
1 comentário :
O Público no Continente é cíclico. Deve ser para alisar a curva de vendas. E, admito, isso deve obrigar a SONAE a compensar as papelarias / tabacarias vizinhas pela sua queda nas vendas...
Já agora, para quem não saiba: o Público no Continente pode sacar-se do lado de fora. Não obriga a compra de rebuçados...
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