Nenhum pugilista que se preze pode dizer que levou um soco. Nenhum polícia que se preze pode dizer que o ameaçaram ou tentaram agredir. Nenhuma dona de casa exemplar pode dizer que o marido lhe bateu. Enfim, o melhor é mesmo não dizer nada, pois quem denúncia a prática de ilegalidade é considerado como um delator pelo Dr. Arnaut.
Porque não? É diferente afirmar que alguém tentou pressionar um magistrado (mas não conseguiu) de afirmar que o magistrado sentiu-se pressionado e, por isso, agiu de determinada maneira, errada. Serão coisas diferentes. Não poderá denunciar a primeira situação? Não será mesmo seu dever, perante a lei e o Estado de Direito, denunciar uma tal tentativa? Já aplicado à segunda, a frase respeitável parece fazer sentido.
Um magistrado que se preze não deve deixar de fazer aquilo que tem de fazer por causa de uma pressão. Tem também o dever de tentar ignorá-la!
Dizer que foi pressionado não é o mesmo que ter-se deixado pressionar. O que qualquer magistrado de respeito não pode é deixar-se pressionar; e deve ( até por dever de ofício ) denunciar pressões que lhe tenham sido feitas. Não acredito que António Arnaut não saiba distinguir as duas situações. Por isso, se pretende confundi-las, só posso concluir que age de má fé.
5 comentários :
Excelente. Mais palavras para quê.
Nenhum pugilista que se preze pode dizer que levou um soco. Nenhum polícia que se preze pode dizer que o ameaçaram ou tentaram agredir. Nenhuma dona de casa exemplar pode dizer que o marido lhe bateu.
Enfim, o melhor é mesmo não dizer nada, pois quem denúncia a prática de ilegalidade é considerado como um delator pelo Dr. Arnaut.
Há comparações do caralho... Desculpem a inconveniência.
Porque não?
É diferente afirmar que alguém tentou pressionar um magistrado (mas não conseguiu) de afirmar que o magistrado sentiu-se pressionado e, por isso, agiu de determinada maneira, errada.
Serão coisas diferentes.
Não poderá denunciar a primeira situação? Não será mesmo seu dever, perante a lei e o Estado de Direito, denunciar uma tal tentativa?
Já aplicado à segunda, a frase respeitável parece fazer sentido.
Um magistrado que se preze não deve deixar de fazer aquilo que tem de fazer por causa de uma pressão. Tem também o dever de tentar ignorá-la!
Dizer que foi pressionado não é o mesmo que ter-se deixado pressionar. O que qualquer magistrado de respeito não pode é deixar-se pressionar; e deve ( até por dever de ofício ) denunciar pressões que lhe tenham sido feitas.
Não acredito que António Arnaut não saiba distinguir as duas situações. Por isso, se pretende confundi-las, só posso concluir que age de má fé.
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