- ‘No início do ano, quando a crise atingiu o país de forma irreversível, muitos, entre os quais eu próprio, defenderam a realização de eleições europeias ao mesmo tempo das legislativas, não por razões táctico-políticas, mas por um motivo-maior: o país.
O PSD - e o Presidente da República - não quis, mas agora, depois de ganhar as europeias, é o primeiro a exigir uma paragem técnica de governação até Outubro, uma espécie de ‘lay-off' governativo, por falta de legitimidade política do Governo de Sócrates. Não é aceitável. (…) Quando começaram a sair os primeiros números da economia para 2009, ficou claro que Portugal atravessaria a pior crise económica desde 1975, portanto, se o interesse do país fosse o mais relevante, todos estariam de acordo em declarar o fim desta legislatura e em antecipar as eleições legislativas, porque se impunha a tomada de decisões com impacto a médio e longo prazo, desde logo para garantir que Portugal estaria em condições de aproveitar a retoma da economia europeia.
Sejamos claros: a antecipação das eleições beneficiaria politicamente o Governo socialista, porque à medida que a crise ganhasse dimensão, o desemprego aumentaria e o descontentamento em torno de José Sócrates aumentaria na mesma medida. E isso não seria bom para a Oposição, que perderia a oportunidade de desgastar politicamente o Governo. Tudo isto seria muito razoável se estivéssemos apenas em causa interesses partidários, mas o que está em cima da mesa são interesses de Estado. Legitimamente, Manuela Ferreira Leite entendeu não viabilizar esta solução, portanto, agora é inaceitável que seja a primeira a dizer que as eleições europeias - que foram sobretudo perdidas pelo PS e pelo Governo e não tanto ganhas pelo PSD - são a prova de que o Governo não deve governar. Qual é, no entender de Ferreira Leite, o período aceitável de suspensão do país? Três meses, quatro? Porque não seis? E quais são as medidas que Ferreira Leite considera estarem dentro da legitimidade governativa? Tem de ser consequente e apresentar uma lista, porque, no limite, tudo tem efeitos no médio e longo prazo. E o Presidente da República, considera que o Governo deve deixar de governar?’
- ‘Portugal corre o risco de nunca assistir ao julgamento dos protagonistas dos crimes financeiros que as autoridades dizem existir sem que se vejam os culpados acusados. É muito difícil compreender as razões pelas quais a Justiça não actuou...
(…)
O que não se sabe de facto é o que tem andado a fazer o Ministério Público nestes últimos seis meses. No BPP como no BPN. É incompreensível que Oliveira e Costa do BPN esteja preso preventivamente há seis meses. E como é possível compreender que se tenham congelado "preventivamente", dizem os comunicados, os bens de João Rendeiro e outros gestores do BPP passados quase sete meses após a intervenção no banco?’
6 comentários :
È o "CITIUS", uma criação/aberração deste governo. O CITIUS não deixa trabalhar - é só burocracia informática e estatística.
Não é verdade. O Citius é um excelente instrumento de trabalho.
Eles não querem estatística. Tem medo que se descubra o quanto trabalham.
Vocês, estão, entaõ, bem informados... e confirmaram aquilo de cima - "é prá estatística"!
Nunca haverá uma administração da justiça eficaz sem uma rigorosa estatística. É assim na justiça, ou na saúde, ou na educação. A grande mentira da justiça tem sido a mentira dos seus números. Ouvimos todos (quase) os magistrados chorarem-se impunemente do que trabalham; os números (a alguns) tiram-lhe essa impunidade. Mais que não fosse, o CITIUS, só por isso, é um bom instrumento de trabalho. Felizmente, porém, é muito mais.
ANTONIO COSTA , tem razão.O PSD apesar de ganhar as europeias, é ,incapaz de ter uma ideia para o pais.Pior ainda é que CAVACO SILVA, tambem não tem!.Logo, MANUELA, EMANAÇÃO DE CAVACO, tambem não tem.É uma tristeza!.Espero k 30%, dos 62% de abstenção, percebam isto e votem PS.
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