À entrada para uma reunião partidária, José Sócrates disse o evidente. Que o PS iria trabalhar para obter "uma maioria parlamentar que dê condições para governar".
O que deixou os jornalistas a matutar: o que será "uma maioria parlamentar que dê condições para governar"? Exercício que deve ter deixado muitos deles completamente exaustos...
No final, quiseram ser esclarecidos. "Maioria absoluta", evidentemente. "Maioria absoluta", mas como é que eles não se tinham lembrado disso...
Só que - azar - a primeira página do Público já tinha ido para a gráfica. E, dentro daquela escola de jornalismo de excelência a que já nos habituou, o Público não poderia deixar de interpretar: "Sócrates deixa de pedir maioria absoluta".
A rectificação, essa, surgiria, pela manhã, na edição online: "Sócrates confunde maioria absoluta com maioria parlamentar".
O Público, os seus jornalistas, os seus directores, conseguem vislumbrar no sistema partidário português alguma maioria que dê ao PS condições para governar que não seja a maioria absoluta?
4 comentários :
Agora o sr Fernandes vai vingar-se do Sócrates, que vai continuar a pagar com língua de palmo a chico-espertice saloia de quem inventou aquele título. Isto porque quem bate no Público leva...
O jornal Povo Livre, do PSD, consegue ser mais isento que o Público.
Fez-se a manchete com o único qualificativo de maioria que os jornalistas do Público estavam formatados para ouvir e não ouviram. A quantidade de manchetes que aí vêm!
Depois, na rectificação, atiram para cima de Sócrates a confusão que foi exclusivamente deles. Bonito, bonito, bonito, não é.
Ontem ouvi por alguns instantes o JMF do Público na SIC-N onde por vezes se juntam os senhores opinadores.Acontece-me sempre o mesmo.Nojo.
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