José Pedro Aguiar-Branco é o típico filho de boas famílias. Como acontece, em regra, nestes casos, não desilude, porque tem maneiras, mas nunca vai longe. A sua passagem pelo Governo de Santana comprova-o.
Paulo Rangel já revelou, sem que ninguém o violentasse a tanto, o que é e o que vale. Torço naturalmente pelo nosso Manolito, ao contrário da Fernanda, embora pareça que o PSD, depois de ter ido recrutar um líder à extrema-esquerda, não estará inclinado a ir agora pescar à linha nas águas turvas da extrema-direita.
Pedro Passos Coelho, que tem de estar eternamente agradecido à Dr.ª Manuela (e ao famoso estratega Pacheco) pelo facto de ter podido andar, desde 27 de Setembro, em campanha sem opositor, parece ser o candidato adequado para o deserto de ideias em que se converteu o PSD. Quando não há condições para confeccionar um prato com muito ingredientes, serve-se um souflé. As ideias, digamos assim, estão coladas com cuspo? Mudam ao sabor das conveniências? Não resistem a um confronto com a realidade? Pode isso ser tudo verdade, mas dá para ir alimentando as fantasias da faminta família laranja.
Se a campanha interna não foi propriamente um brainstorming, há dois aspectos que vale a pena reter:
- Em primeiro lugar, o radicalismo pueril dos três candidatos, que transformou subitamente o PSD no BE da direita. Mas, como diria Pinheiro de Azevedo, é só fumaça. As sondagens estão aí para serenar os mais acelerados.
Em segundo lugar, a extensão das campanhas negras ao interior do PSD, visando atingir Aguiar-Branco e Passos Coelho. O nosso Manolito não fica bem na fotografia, ao ter sido o único candidato poupado pelos especialistas das campanhas negras.
1 comentário :
Parece impossível!
Estas sondagens só podem ter sido encomendadas pelo Demo em pessoa.
Parecem assim um duche escocês pré-congresso.
Os candidatos podem não ter ideias, isso podem, mas que vão enregeladinhos, isso vão!
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