- ‘Se alguns deputados fossem magistrados seriam um perigo público, pelo menos um perigo para as liberdades e garantias fundamentais. Porque para eles não há limitações à descoberta da verdade. É o vale tudo: não há provas indisponíveis nem proibidas.
Convinha que eles soubessem que o Estado de Direito é aquele em que o Estado está submetido ao direito, em que vigoram direitos e garantias fundamentais, em que a verdade material tem de ceder muitas vezes perante os limites impostos por esses direitos e garantias, que são apanágio da pessoa humana (de todas elas, mesmo que a pessoa em causa seja um adversário político...). Eles enchem constantemente a boca com palavras bonitas e muito democráticas, mas nos momentos críticos mostram a sua face inquisitorial: descobrir a verdade material, por todos e quaisquer meios, mesmo os que lhes estão vedados utilizar, mesmo os que a Constituição impede que sejam utilizados...
Aliás, a ameaça aí fica: por esta vez as coisas ficam assim. Mas a Constituição será revista. E então nada escapará às comissões parlamentares. Até onde irá a sede inquisitória? Será que querem pôr as comissões parlamentares a controlar as decisões judiciais? Estará em perigo o princípio da separação de poderes? Aliás, esses senhores sabem que esse princípio existe?’
3 comentários :
É de facto interessante raspar um pouco o verniz cultural que cobre certas personalidades políticas e ver como as velhas inclinações totalitárias facilmente afloram por baixo da marmelada «burguesa».
Os sorrisos sobranceiros com que hoje se brindam as alusões às supostas adolescências tardias têm a sua razão de ser: o coração ainda conhece razões que a razão desconhece...
Aliás já lá está tudo, no Abrupto, através do anunciador de apocalispes por excelência, esse supostamente analfabeto e cultíssimo filósofo gnóstico a um tempo (as estórias sacras têm destas coisas) santo de Patmos:
"Ainda tenho muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora. Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras. (João 16:12-13)"
Pois é. Parece que vamos ficar à espera do espírito da verdade. Mas ainda bem que este país, só visto; contado não se acredita...
Enquanto o psd estiver agarrado
às tácticas das anteriores gerências será sempre mais do mesmo. Olhem para aqueles deputados: estão lá todos! São exactamente os mesmos farsolas que serviram Sacana Lopes, Mendes, Menezes, Manela, Coelho.. São lacaios que dançam conforme a música qu
E depois de muito torcerem e esgalharem todo as calúnias que conseguiram (só falta mesme acusar Sócrates de ser pedófilo) o que sobrevive como ex-libris desse psd 2 vezes reprovado nas urnas é precisamente o culminar possível dos seus fabricamentos: uma comissão patética de sardónicos e boçais inquisidores com a nobre missão de descobrir se o Diabólico (Sócrates, pois claro) deu recados para que a tia jaquina lanchasse com o tio manel. Os actores não compreendem (acham que estão lá para isso?!) que o encontro tenha sido de mera espontaneidade de interesses entre empresas privadas, como outra coisa qualquer.
Enquanto esperamos pelo fim desta palhaçada, vamos já pensando na próxima, aí sim é que vale a pena!
São milhões de contos orientados no negócio dos Submarinos e carros pandur e helicópetros! Aí há mel! Há labor e trabalho, há detidos, houve preparação, na Alemanha, pois por cá, estranhamente, os portugueses, mesmo 'sem ouvir', assistem ao estranho 'manto de silêncio' que está a ser dado aos casos de milhões e milhões de contos fanados pelas quadrilhas do Psd e Cds-Pp, manto de silêncio esse ofertado pela Comunicação Social, falada e escrita. E na Justiça, estranho também este 'manto de silêncio, não se vê nenhum sindicalista vir a terreiro.
Alguém no seu perfeito juízo acha que Oliveira e Costa fez tudo sozinho?!
E quando ele disse..ainda não contei tudo o que sei..num caso de milhões de contos de fraude, à luz dos critérios destes fascistas que se prestaram à comissão mais perseguidora no pós 25 de Abril, não valería esta afirmação de Madoff Costa uma comissão de inquérito para ontem?
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