sexta-feira, agosto 06, 2010

“A não ser que nos habituemos, como jornalistas e cidadãos, à ideia de que vale tudo”

• Fernanda Câncio, Promiscuidade e perversão:
    Depois do despacho que ficará para a história como "o das 27 perguntas", o caso Freeport brindou-nos com mais uma estreia mundial: um jornalista que é assistente de processo para escrever sobre o mesmo. E que depois de escrever sobre o mesmo sem em parte alguma ele ou o jornal assinalarem o seu/deles estatuto no processo, se vem explicar - após ter sido denunciado pela advogada dos dois arguidos -: que não se fez assistente para se "tornar parte interessada na investigação, para contribuir com informações, requerimentos de diligências ou com uma acusação particular" (ou seja, aquilo que a lei diz, nos artigos 68.º a 70.º do Código de Processo Penal serem as competências dos assistentes, cuja definição é a de "colaboradores do Ministério Público") mas para "informar prontamente os leitores do Público". Ou seja: o jornal e o jornalista contrataram advogado (obrigatório) e constituíram-se parte num processo para o noticiarem em primeira mão, obtendo assim vantagem informativa e comercial em relação à concorrência.

2 comentários :

os pulhas disse...

O pasquim e o seu colaborador fascista que dá pelo nome de "cereja podre", só merecem o despreso e o vomito dos portugueses que fazem da etica a sua forma de estar na vida.

Essa canalha fascista que utilizam esse estratagema ao melhor estilo NAZI deve ser repudiada por aqueles que defendem a legalidade.

O pasquim deve ser boicotada sua compra.

Manuel Azevedo disse...

A saudosa Ivone Silva, teve um papel na revista, que fazia de costureira e de patroa ao mesmo tempo. O "Cerejas" é assistente judicial de manhã, à tarde é uma especie de jornalista, à noite, quem faz de patrão, é o Digníssimo Belmiro de Azevedo....