- ‘Mendes Bota acha que Passos Coelho está numa posição privilegiada para “perceber o povo”, afinal “vive em Massamá» e não num “condomínio fechado”. A frase não deve ser vista como um dislate do dirigente do PSD no Pontal. Foi resultado da esperteza saloia que já se anunciava na última edição do Expresso: “da estratégia do PSD faz parte mostrar o novo líder como o português comum que passa férias na recatada vila de Manta Rota, por contraste com o primeiro-ministro no luxo do Pine Cliffs”. Sabemos que a anterior tentativa de demarcação com o PS - a revisão constitucional - não correu nada bem ao PSD. Passos deixou-se associar à privatização dos serviços públicos e à flexibilização dos despedimentos, e os efeitos tornaram-se visíveis nas sondagens.’
sexta-feira, agosto 20, 2010
Um bando de chicos-espertos
• Pedro Adão e Silva, O regresso do Pontal:
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4 comentários :
O título é um primor -assenta que nem uma luva. Mas também assenta em vocês e em todos os "socráticos"- são todos Chicos-Espertos.
Miguel,
o link não vai dar ao artigo do Baptista Bastos...
Acabei de corrigir, António. Muito obrigado.
A tentativa de fazer passar Pedro Passos Coelho como homem do povo (mesmo que não o seja...) é uma estratégia perfeitamente compreensível. Por mais que vos custe, estando o país na situação económica em que está, sendo os portugueses obrigados a sacrifícios (desemprego, aumentos de impostos, cortes nos benefícios sócias) não fica bem na fotografia o primeiro ministro a passar férias num empreendimento de luxo (foi um tiro no pé).
É uma estratégia comparável à que tenta colar a esquerda ao estado social e a direita ao fim dos subsídios e à desregulação. Quem aprovou em maioria o actual código de trabalho, quando criticou medidas semelhantes do código do governo PSD? Quem criou taxas moderadoras nas cirurgias e internamentos? Quem fechou maternidades públicas que não tinham 1500/partos anos por uma questão de segurança e permite que funcionem no privado desde que tenham mais de 156 partos/ano desde que tenham apoio perinatal a menos de 30 minutos de distância (que só podem ser serviços públicos de neonatologia) http://diario.iol.pt/sociedade/saude-tvi24-estudo-nascimentos-maternidades/1058691-4071.html ? Quem acordou a prestações de cuidados de saúde com o Hospital da Luz para os beneficiários da ADSE quando existem suficientes serviços públicos de saúde em Lisboa?
Relativamente às novas regras de atribuição de prestações sociais que vão trazer uma “poupança” de 90 milhões em 2010 e 200 milhões em 2011 aprovadas pelo actual governo PS. Eram prestações que estavam a ser atribuídas a pessoas sem necessidade? Se sim, só agora é que foi detectado? Se não, o lógico seria encontrar recursos para que continuassem a ser pagas.
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