domingo, setembro 19, 2010

"A insuportável hipocrisia de quem, não tendo coragem de assumir rupturas, quer fazê-las, fazendo de conta que não faz"

• Magalhães e Silva, Despedir:
    O último sketch é o da "razão legalmente atendível", com o que, formalmente, a questão do despedimento continuaria a ter limites constitucionais, mas, substancialmente – que é, obviamente, o que interessa –, seria passar um cheque em branco à maioria parlamentar – razão atendível seria, então, o que a maioria pusesse na lei.

    E isto é tanto assim quanto o único exemplo de razão atendível que Passos Coelho soube dar, na RTP, a Judite de Sousa, que foi o de passar a ser possível despedir 2 ou 3 trabalhadores, numa empresa de 10, que só sem eles seria viável.

    Convinha estudar mais: o exemplo dado é de um caso de despedimento colectivo já autorizado.

    Destaque: nada mais desaconselhável do que criar facilidades a empresários incompetentes.

1 comentário :

Anónimo disse...

Numa empresa de 10 trabalhadores,com o PATRÃO ao lado deles,é muito dificil o trabalhador resistir a um mau relacionamento.Portanto é uma falácia. o que pretendem com essa medida é jogar com a precaridade para pagar piores salários..