domingo, setembro 19, 2010

“Para pôr tudo outra vez no direito”

— Marco, diz ao Pedro para fazer como eu fiz:
"
As minhas propostas têm que ser apresentadas
nos timings certos - se o fizesse agora,
o dr. Silva Pereira iria procurar desacreditá-las
antes que elas fizessem o seu caminho.
"


O Valupi pergunta: “Se fosses tu a mandar, como é que reduzias o défice em 2011?” Passos Coelho comenta em jeito de resposta:
    Agora até querem que seja a oposição a dizer como é que o Estado deve gastar o dinheiro, eu acho que o Governo deixou de ser Governo. Passou a colocar-se na posição tradicional das oposições, em vez de explicarem à sociedade que é preciso gerir melhor. Normalmente, costumam ser os governos quem explica à sociedade que é preciso gerir melhor. Nós, em Portugal, temos tudo às avessas: temos um Governo que dá a impressão de querer gastar ainda mais e sem critério, e depois exige da oposição que diga como deve governar. Ora eu acho que — mais dia, menos dia — temos que voltar a pôr tudo no direito, mas isso, para pôr tudo outra vez no direito, talvez seja preciso pôr quem tem as boas ideias a governar.¹
Como seria de esperar, Passos Coelho não cai na esparrela do Governo. O líder do PSD não vai soltar as “ideias da oposição para [o Governo] saber como há-de gerir o país”. Era o que mais faltava.

_________
¹ De acordo com as declarações gravadas pela TSF.

2 comentários :

Miguel Bombarda disse...

Sugestão: antes de dizerem quais são as ditas soluções obriguem o governo a assinar um NDA. Se o governo as quiser de facto adoptar terá de negociar com o PSD (e.g., orçamento, revisão constitucional).

Ou será que é tudo bluff?
Como diria o valupi, não é bluff, é vapor.

Nuno disse...

É confrangedor ser esta a alternativa à governação de PT. O homem não sabe defender as suas ideias, pq objectivamente não tem ideias próprias, não passa de um boneco do ventriloquo Angelo. É miserável!