- • A.R., Fronteira:
• Francisco Seixas da Costa, "To go native":
‘(…) Depois de ter suscitado por escrito, ou em contacto com os serviços do MNE, todas as sua possíveis objeções às nossas instruções, o embaixador pediu para me falar - estava eu então em funções de natureza política. Pelo telefone, explicou-me a sua dificuldade: "Eu não tenho argumentos para me opor à admissão da Indonésia. Os meus colegas acham ridícula a minha posição e isto é quase um vexame!". Reparei que o homem estava, de facto, numa posição difícil. Perguntei-lhe: "Mas você acha que nós não temos razão?". Ao que me respondeu, um tanto aflito: "Bom, nós temos as nossas razões, só que eu as não posso dizer abertamente, porque eles nunca as aceitariam".
Nesse passo da conversa, não vi outra solução: "Meu caro, nesse caso, 'go native' e diga aos seus colegas que, por si, até concordaria com eles e deixaria entrar a Indonésia. Mas que, 'lá de Lisboa', as ordens são imperativas e que você, como profissional que é, as não pode contrariar. Eles perceberão". E ele assim fez. E julgo que os colegas perceberam.’
• Bernardo Pires de Lima, Sempre a aprender
• Francisco Clamote, Cavaco ao retardador e Com o título me enganas
• João Lopes, Novas aventuras de Antonioni
• Jorge Bateira, Indigência intelectual
• Miguel Madeira, O Tomás das "Novas Oportunidades"
• Pedro Rolo Duarte, O nosso político APAV
• Shyznogud, Jornalismo de investigação
• Vital Moreira, Um pouco mais de decência, sff
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