A rapaziada que se espreguiça na São Caetano não sabe francês. É através do inglês que se faz ao mundo e descobre a grande bandeira de Cameron — a economia social —, a qual, de resto, foi enrolada e metida na gaveta um mês após as eleições.
Em abstracto, a aposta na economia social é uma excelente ideia: um conjunto vasto de actividades pode ser desenvolvido pela sociedade civil, que, para o efeito, deve organizar, gerir e financiar aquelas actividades que considera úteis e relevantes. Ou seja, ao dispor-se a criar e sustentar determinada actividade, é saudável e importante que um qualquer grupo de cidadãos queira controlar o destino do seu dinheiro (ou dos fundos que lhe foram doados).
Ora o fabuloso Marco António de Gaia diz-nos que essa será a grande bandeira do PSD no futuro. Descontando a circunstância de isso dar uma ideia dos horizontes rasgados do actual PSD, é bom recordar as características específicas da sociedade portuguesa. Das misericórdias às colectividades de cultura e recreio, todas estas meritórias obras vivem, de facto, à custa do Estado. Só faz sentido falar de economia social se os financiadores dessas actividades forem aqueles que, de uma forma ou de outra, tenham interesse(s) na sua existência.¹
Estranhamente, porém, o PSD, que anda a ameaçar há uns bons quatro meses que irá apresentar uma lei de bases da economia social, elabora um projecto de revisão constitucional (cf. aqui e aqui) que dá uma machadada na economia social, abolindo as referências que a Constituição lhe consagra. Mas isso pode ter sido apenas mais uma lamentável falha de quem quis brincar às constituições da República.
Mais interessante é ver o que preconiza Passos Coelho na sua “Moção Global de Estratégia ao XXXIII Congresso Nacional do PSD”. E quando se olha para o capítulo dedicado às políticas sociais, observa-se que ele é, no essencial, dedicado às IPSS, com uma breve alusão a que o Estado deve retirar-se das políticas sociais e entregá-las àquelas instituições.
Em suma: temos um PSD que recorre a todos os expedientes para desmantelar o Estado Social, nem que para tanto se socorra das misericórdias como arma de arremesso. Mas o melhor é aguardar pelo projecto de lei.
___________
¹ Não é este o entendimento que, em tempos não muito remotos, o PSD tinha da economia social. Era mais uma teia de interesses ligada aos caciques locais, que era alimentada através de fundos cirurgicamente distribuídos. A marca indelével dessa epopeia em defesa da “economia social” era um Marques Mendes dedicado ao lobbying nos conselhos de ministros, procurando extorquir a governantes e ajudantes cheques, que fazia questão de os entregar em mão no trottoir de fim-de-semana.
1 comentário :
o francês é uma linguagem semi-morta
é aprender a gesticular de fome
a fome é a única linguagem universal
QUANDO O NEVOEIRO TEM MAIS SANGUE QUE ÁGUA É ASSI
E O QUE É O SANGUE SENÃO ÁGUA
E O QUE É O CORPO SENÃO ÁGUA
E DA ÁGUA VIERAM TODAS AS COISAS
E À ÁGUA VOLTARÃO
PARA QUÊ TENTAR ESCAPAR AO DESTINO
DE NOS TORNARMOS ÁGUA
اليوم حصل عندنا مظاهرات
يقولوا إنه حصل والله ولا حسية ولا شميت ريحه المظاهرات مالهم حس
شكلها مظاهرات صامتة
خلوهاعلى الوضع الصامت silent
طبعا كان من فيهم معارض ومن منهم مؤيد للرئيس
بس تعرفوا أحمد ربنا انه ما حصل شي
لان عندنا لو حصل شي الشعب اليمني كله قبايل وأحزاب
والله كل واحد بيقتل الثاني في الأيام العادية كل واحد يقتل أخوه كيف ألان لو حصل شي
الشعب اليمني ما يمشي بالشارع إلا وسلاحه معه
البدوي سلاحه معه الضالعي سلاحه معه والشمالي سلاحه معه حتى العدني سلاحه معه
بعدين قده في من قبل مشكله الانفصال وما انفصال جنوب وشمال
كان كل ما يحصل مظاهرات في هذا الموضوع كثير يموتوا
في عندنا محافظة اسمها الضالع هي ألان مستقلة ورافعين علم الجنوب قديما يعني الرئيس ما يقدر يعمل لهم شي
ولا واحد من أهل الشمال يقدر يدخلها قاطعين الطريق المؤدي للعاصمة
وقبل ما تدخل المحافظة يشوفوا بطاقة هوية لو كان مكتوب فيها أنها من إصدار الشمال أو لقبك من أهل الشمال في ذاك الوقت رصاصة وقتلوك طبعا هذا لو ما كان رقم سيارتك رقم 1 العاصمة، 2 أمانة العاصمة،4 تعز دول محافظات بالشمال
يعني يا يقتلوك من رقم سيارتك أو من بطاقتك الهوية
ربنا سترها علينا
لو حصل زي إلي حصل بمصر الشعب اليمني بيتقاتل بينه البين
القبايل يريدوا يطلعوا رئيس من عندهم والضليعة من عندهم والبدو وخذ يا قتل ،قد حصلت من قبل وحصلت مجزرة 13 يناير
وما نريدها تتكرر
بحب بلادي وخاصتا مدينتي عدن لو حصل فيها دمار ما بترجع زى ألان حتى لو بعد مليون سنه
الضالعي بيقتل الشمالي والشمالي بيقتل البدوي والبدوي بيقتل الجنوبي والقبايل بينها البين.........
يعني بتحصل مجزرة
ايوه أن في كثير ما يريدوا الرئيس ولا يريدوه يحكم البلاد
بس الشعب ما بيكون يد وحده بيتقاتل
يعني يقتل شعب كامل بسبب واحد ظالم
ربنا يسترها علينا وعلى الأمة العربية
أمين يأرب.
Enviar um comentário