- “Uma política de inovação deve ser enquadrada por um conjunto de princípios que sirvam de base a uma política de inovação integral, coerente e sistémica para o país e ao consequente modelo organizativo e operativo:
• colocar a empresa no centro do sistema de inovação;
• estabilidade da política de inovação para estimular a inovação na realidade
empresarial portuguesa. Definição clara da tutela para a Competitividade e Inovação;
• apoiar o desenvolvimento de redes de inovação;
• potenciar os sectores económicos com maior impacto inovador;
• aposta no empreendedorismo e na criação de empresas de base tecnológica:
Nesta enumeração de um conjunto de linhas de política de inovação, ter-se-á de ressaltar a necessidade de estabilidade destas medidas de política, para que as empresas sintam um estímulo à inovação de uma forma permanente e que se não verifiquem alterações nos sistemas de incentivos sempre que há alterações na governação do país. O impacto das políticas públicas de apoio à inovação na competitividade de um país está hoje cabalmente demonstrado. Por isso, há a necessidade de mudar.”
Nestas linhas, retiradas da sua moção de estratégia global de 2010 ao XXXIII congresso do PSD, e que fazem ainda por cima o elogio da estabilidade nos sistemas de incentivos, Passos Coelho acha que “há necessidade de mudar” as políticas de inovação em Portugal. Por que motivo? Serão ineficazes?
Talvez o líder do PSD, que se parece propor a reinvenção da roda, não saiba o que está a ser feito em Portugal nesta área.
É que, segundo o European Innovation Scoreboard 2010 apresentado hoje, e “num ciclo de cinco anos, percebe-se que o esforço que tem vindo a ser feito permitiu a Portugal saltar sete posições (em 2006, estava classificado em 22.º lugar) e ficar agora a liderar o grupo dos "Inovadores Moderados", à frente de Espanha e de Itália”.
Quanto ao “estímulo à inovação de forma permanente” que tanto valoriza, pode ficar descansado, porque não só “Portugal é o país que mais cresceu em termos de despesas efectuadas em I&D em percentagem do PIB (estando agora já muito próximo da média europeia)”, como parte deste esforço é privado: a média anual de crescimento do investimento privado em I&D atinge os 27% (o investimento público cresce a uma média anual de 16%), tendo sido este o indicador que mais acelerado crescimento apresenta nestes 5 anos. Isto revela a confiança das empresas portuguesas, que estão cada vez mais predispostas a colaborar com outras empresas e a trabalhar num sistema de investigação e de financiamento que é caracterizado como “atractivo” e “excelente” [como se pode confirmar no country profile, página 44].
Mais uma vez, Passos Coelho fala do que não sabe.
- Contributo do Pedro T.
4 comentários :
Inovação era uma investigação à Parpública!
Tudo resumido não diz nada.
Autentico banha da cobra
nisso é semelhante a um gajo que tem nome de filósofo
Arki medos Só Krates?
uma coisa assi
O Troca-Passos vem agora com a política do "chover no molhado". Fala das coisas como se elas não estivessem já postas em práctica e com frutos à vista !
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