Manuela Ferreira Leite vista pelos seus

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"Com um Presidente social-democrata de quem a líder 'laranja' é tão próxima, a indiscrição pode fazer aos seus propósitos políticos o mesmo que se diz que a laranja faz quando se come à noite”. Pedro Santana Lopes criticava a circunstância de, numa sessão pública no arquipélago dos Açores, Manuela Ferreira Leite ter falado como “quase confidente de Cavaco Silva”, ao revelar, “com ar de ralhete”, que o Governo e o PS “tinham sido bem avisados do que ia acontecer (leia-se, o veto de Cavaco Silva)”. “Referiu mesmo que Sócrates e os socialistas tinham sido alertados para os pontos, em concreto, que mereceriam esta reacção de Belém”, escreveu ainda Santana, acrescentando uma nota de cepticismo (“Pois...”) quanto às promessas de Ferreira Leite de se “encontrar menos com o Presidente da República para evitar interpretações indevidas”.

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“Chegou a altura de não serem só os autores materiais do terrorismo a serem candidatos, chegou a altura de os mandantes serem candidatos, daqueles que vão com grande petulância aos estúdios de televisão dar lições ao País”, declarou Luís Filipe Menezes. Instado a apontar nomes, Menezes acrescentou: “Eu penso que é altura de a dra. Manuela Ferreira Leite ser candidata (…)”.

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“Quem não tem ideologia, nem programa, que é intolerante em matéria de costumes, que tem um discurso negativista e que afugenta os empresários e mete medo às pessoas que têm necessidades e não querem perder apoios sociais. Este é um partido que está condenado a perder”, afirma Luís Filipe Menezes sobre o consulado de Manuela Ferreira Leite no PSD.

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“Por mim, a dr.ª Manuela Ferreira Leite poderia sair amanhã, porque não consegue desempenhar a função de modo a garantir ao PSD uma performance adequado àquilo que são as expectativas dos seus militantes”, afirmou Ângelo Correia.

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Pedro Santana Lopes considerou que as bases do PSD não gostam de Manuela Ferreira Leite, candidata que “alguns querem levar ao colo”.

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Luís Filipe Menezes disse hoje que Sá Carneiro "deve dar voltas no túmulo" por ver o partido que fundou "defender que a democracia devia ser suspensa", em resposta a Manuela Ferreira Leite, que tinha acabado de admitir a suspensão da democracia: “E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia”.

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O ex-ministro do PSD Mira Amaral diz, na sequência da derrota do PSD nas eleições legislativas de 2009, ter avisado que a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, “não tinha as mínimas condições, nem a mínima categoria para ser líder do PSD, nem ser primeira-ministra”.

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Mira Amaral criticou a operação de venda de créditos do Estado feita por Manuela Ferreira Leite para ter um défice inferior a três por cento em 2003, defendendo que “isso devia ter sido um empréstimo e não uma receita” inscrita no Orçamento do Estado, porque onerou os orçamentos futuros. De acordo com o ex-ministro do Trabalho e da Indústria de Cavaco Silva, o que se fez foi “contabilidade criativa” e “martelar os défices”. Mira Amaral disse ainda que a situação do País “não se transforma com a visão contabilística”. “Se pegarmos num responsável empresarial só porque é sério ou porque tem ar de mau e o transformarmos” em presidente executivo ou presidente do conselho de administração, “o que é acontece? Daqui a um ano está falida”, ilustrou.

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Passos Coelho criticou “a obsessão do défice que existe desde 2002”, considerando que está “a destruir a economia, as empresas e o emprego” e que se anda “há sensivelmente sete anos a tentar resolver o problema com medidas temporárias, provisórias”. “Temos de parar um pouco neste caminho, que não pode ser imputado estritamente ao PS, nós também já cometemos esse erro”, sustentou, numa referência a Manuela Ferreira Leite.

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“Sem dúvida que para a frente teremos que tirar ilações, porque é altura de, também na derrota, fazer política de verdade e perceber que esta noite a doutora Ferreira Leite e a sua direcção do PSD foram demitidas pelo povo português”, afirmou António Nogueira Leite.

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“Senhora doutora, nós estamos aqui todos a apoiá-la, mas temos de saber o projecto político que a senhora defende”, defendeu Passos Coelho, dirigindo-se a Manuela Ferreira Leite no XXXI Congresso do PSD, que decorreu em Guimarães.

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Na sequência da recusa de Manuela Ferreira Leite de participar na festa do Pontal, Ângelo Correia afirmou que a líder do PSD “tinha obrigação de unir o partido e não de o abandonar. Não devia olhar só para o terço de votantes que a elegeu, mas para o conjunto de todos os militantes.” Por isso, o terrível Ângelo foi a estrela convidada para substituir a presidente do PSD na festa algarvia: “Aceitei com muita honra, porque senti a obrigação de não deixar o partido no vazio criado pela actual direcção”.

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“A direcção do PSD não pode ser autista e colocar-se numa posição 'daqui não saio, daqui ninguém me tira' e tem que ter a capacidade de, com sensatez, com equilíbrio e com tranquilidade, analisar os resultados”, disse Miguel Relvas.

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Após Manuela Ferreira Leite ter apoiado o aumento de 2,9 por cento para os trabalhadores do Estado, António Nogueira Leite questiona o “carácter” da então líder do PSD, passando a tratá-la pelo carinhoso petit nom de “santinha da Ladeira”.