Na entrevista que hoje dá ao Expresso, Paulo Portas, respondendo à questão “Não se sabe quem terá a pasta [da diplomacia económica]”, sustenta:
- “Portugal não se pode dar ao luxo de ter uma rede diplomática por um lado, uma rede comercial por outro, uma rede de turismo ainda por outro, e as coisas não estarem coordenadas. Não basta o encontro de interesses comerciais entre quem vende e quem compra. É essencial o acesso à decisão e ao decisor político. Coisa que é evidentemente mais fácil através da rede diplomática.”
Paulo Portas sabe que isto é uma guerra perdida. Nesta mesma edição do Expresso, fica-se a saber que o inefável Braga de Macedo, chefe das relações internacionais do PSD, entregará segunda-feira em São Bento um relatório encomendado pelo próprio Passos Coelho, no qual se estabelece que está reservado para Paulo Portas apenas “um papel instrumental importante, mas não o central”, na diplomacia económica.
Resta a Paulo Portas ir acompanhando a evolução do investimento estrangeiro e, na altura própria, lembrar que não é ele o culpado dos resultados da diplomacia do croquete.
2 comentários :
A paciência é uma virtude dos mais experientes nestas andanças.
Acho apropriadíssimo o adjectivo "inefável" em relação ao Braga de Macedo...
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