- • A.R., Parque Escolar, testemunho:
‘No dia 5 de junho, votei na Escola António Sérgio, em Vila Nova de Gaia. Sabia que tinha estado em obras; desconhecia, porém, o impacte destas. O que ali estava – luz, cor, funcionalidade – era o resultado da atividade do Parque Escolar. Algum tempo depois, constatei que a Escola Inês de Castro, também em Gaia, e que a minha filha mais velha frequentara, tinha sofrido uma remodelação com idêntico grau de exigência. Escolas assim dignificam uma política, credibilizam os políticos. Não há auditoria que desminta estes factos.’
• Daniel Oliveira, A criminosa destruição do SNS:
Junta-se a tudo isto os cortes cegos no SNS de que o último exemplo é a redução em 50 por cento dos incentivos para a recolha de órgãos para transplantes, medida que poderá ser paga em vidas. O resultado mais imediato da sangria está à vista: incapaz de pagar salários concorrenciais aos médicos, os melhores fogem para a medicina privada. Durante muitos anos as pessoas apenas recorriam à medicina privada por uma questão conforto. Mas não faltará muito para que quem queira um tratamento de qualidade tenha mesmo de se endividar. O SNS ficará para os pobres e os indigentes, prestando maus serviços a quem não tenha alternativa. E aí, uma das poucas áreas onde conseguimos garantir alguma igualdade social - nos indicadores de saúde -, passará a ser aquela onde a desigualdade de condições mais se fará sentir.
Não vou estar com meias palavras: por lidar com o que de mais elementar existe nas nossas vidas, a medicina privada deve ter um papel estritamente complementar ao SNS público. Porque o Estado não tem como concorrer com o setor privado sem esvaziar os cofres públicos (os privados ficam com quem tem recursos financeiros, podendo pagar mais aos melhores profissionais), este deve ser fortemente regulado e condicionado. Dirão: onde fica a liberdade do mercado? A minha resposta é só esta: o direito à vida está à frente dela. E todos sabemos, através, por exemplo, da experiência dos Estados Unidos - com indicadores de saúde que se aproximam de alguns países do terceiro mundo - até onde nos leva o domínio do lucro sobre as políticas públicas de saúde.’
• A.R., Política externa
• Eduardo Firmino, São evidências, Gaspar
• Eduardo Pitta, TEM PAI QUE É CEGO
• Emídio Fernando, Isto já não é o que era
• Francisco Proença de Carvalho, Recordar é viver
• Hugo Mendes, Isto vai acabar mal e O "milagre sueco" não aconteceu
• João Galamba, Naturalização da catástrofe e Milagres
• João Rodrigues, Naturalmente
• José Albergaria, Isto vai acabar mal
• Miguel Cabrita, Como provocar incêndios
• Nuno Serra, Cortar com uma mão para dar com a outra
• Otília Gradim, HÁ SEMPRE LUGAR PARA MAIS UM
• Pedro Lains, Há alturas…
• Sérgio Lavos, Ideias lebres* para salvar Portugal (2)
• Valupi, A elite a que temos direito
• Vega9000, Pequenas arrelias do consumidor
Sem comentários :
Enviar um comentário