• Nicolau Santos, Anatomia do poder. Do preconceito ao calculismo: ‘5. O PAPEL DOS INDEPENDENTES
E no entanto este PSD, tão determinado naquilo que quer atingir, mostra-se surpreendentemente calculista (ou pouco corajoso) ao entregar a independentes as pastas verdadeiramente marcantes do Governo, com exceção de uma. As Finanças estão com Vítor Gaspar, a Saúde com Paulo Macedo, a Educação com Nuno Crato e a Economia com Álvaro Santos Pereira. O sucesso da estratégia governativa joga-se fundamentalmente nestas quatro pastas. Não é estranhíssimo que tenham sido entregues a independentes? Se correr bem, o sucesso será do Governo e do maior partido que o apoia. Se correr mal será do independente de plantão. A exceção é para a pasta da Justiça, entregue a Paula Teixeira da Cruz, militante do PSD. Curiosamente, é também aí onde, até agora, todos os interesses instalados se mostram menos desconfortáveis.’
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