terça-feira, novembro 22, 2011

A austeridade laboral segundo a troika [2]

• António Monteiro Fernandes, A austeridade laboral segundo a troika [ontem no Público]:
    ‘2. Essa concepção não deixa de ter aspectos bizarros. No "memorando", as medidas estabelecidas sugerem uma ofensiva, não contra o desemprego, mas contra os desempregados - o que confere um sentido novo e inquietante à ideia de "combate ao desemprego de longa duração".

    Por um lado, alinham-se estímulos à criação de desemprego, e portanto ao aumento do contingente já imenso dos sem trabalho. É o embaratecimento dos despedimentos; é o aligeiramento das exigências relativas ao despedimento por inadaptação. Por outro, impõem-se medidas cujo efeito necessário é a redução das oportunidades de emprego: embaratecimento do trabalho suplementar; incremento da utilização de regimes de flexibilidade de horários, banco de horas, etc. E, sempre nessa direcção, surgiu ainda mais tarde o aumento dos períodos normais de trabalho. Resumindo: mais desempregados, menos oportunidades de emprego. Isto para "reduzir o risco de desemprego de longa duração"...’

1 comentário :

Anónimo disse...

O que eles querem é criar um batalhão de esfomeados descartáveis que trabalhem a troco de comida e um pacote de cigarros ao fim do dia.
Quando nos querem pôr a competir com a china só pode ser este o cenário que têm em mente. Para tal nada melhor que desempregar 30% da população numa primeira fase e obriga-los a aceitar salários miseráveis na segunda fase.É que nem hitler teria feito melhor com os judeus ...