Ensaio de redução eidética, depois de assistir à entrevista do Primeiro-ministro na SIC e escapando por um triz a um ataque de paralisia cerebral:
- - Um líder político que não hesitou em provocar uma crise política em plena tempestade económica e financeira, por puro cálculo político, conveniência e interesse pessoal e partidário.
- Um líder político que não hesitou em apresentar como justificação para a crise política um alegado exagero nos sacrifícios pedidos aos portugueses.
- Um líder político que não hesitou, nem hesita, em caracterizar a situação do País em termos humilhantes para os portugueses e prejudiciais para a economia, reproduzindo desavergonhadamente os preconceitos e as vulgaridades da imprensa e dos interesses internacionais sobre Portugal e os portugueses.
- Um líder político que concorreu na base de uma plataforma eleitoral que repudiou no dia seguinte ao da eleição, impondo e agravando todas as medidas que usou como justificação para a abrir uma crise política e, como se tal não bastasse, ainda acrescentou tudo aquilo que os interesses financeiros internacionais se lembraram de lhe propor.
- Um líder político que não hesitou em lançar acusações, insinuações e suspeitas sobre milhares de portugueses honrados, competentes e profissionais por mérito próprio, e que o fez sem o benefício da ignorância porque a intenção foi a de justificar opções políticas e ideológicas iníquas.
- Um líder político que não hesita em dizer hoje o contrário do que dizia há seis meses atrás.
- Um líder político cuja experiência profissional e política se limita à vida partidária e a empregos com patrocínio político.
- Um líder político cuja crescente exposição pública revela a faceta psitacista, típica dos carreiristas associativos sempre muito ardilosos no palavreado e no saber de ouvido.
- Um conhecido filósofo perguntou um dia – num texto sobre Fenomenologia e que de facto existe – What Is It Like to Be a Bat? De facto, parece mais fácil responder a essa pergunta do que responder à questão de saber Que tal é ser um líder assim?
- Afonso
¹ Obra filosófica que o actual primeiro-ministro afirmou ter lido na sua juventude, desde então, perdida.
15 comentários :
UM GRANDE ORDINÁRIO
Ganhou as eleições e não foi eleito PM no vão de escada.
É a realidade - quem devia ir cavar para os campos, era ele, o Pedrocas - mas, o PS, tem alguma culpa e porquê - porque devia pedir (exigir) uma recontagem dos votos e assim, ficamos entregues à incompetência desenfreada, de um governo que sabe fazer uma adição.
É trite.
Aonde vai o País parar? - não sei, mas, não adivinho nada de bom.
Um líder...de merda.
Anónimo de Qui Dez 01, 11:06:00 AM:
PPC não foi eleito no vão de escada, mas tem políticas e visão mais estreita que a minha porteira.
O que não invalida que seja uma grande besta aldrabona.
Mas que história é essa da recontagem de votos?
Porra o homem ganhou!
Recontar votos agora? Mas quem encobriu a fraude eleitoral se é que houve?
Mas este gajo é líder de alguma coisa?
è um mero empregado do Ângelo e dos apaniguados ou melhor, um fantoche por eles criados para nos enganar. Aliás a direita desde que se deu bem com o Reagan nunca mais quis um líder que pensasse pela sua cabeça! Assim criou fantoches como Bush, SarKozy o Cameron etc e tal. Estes não pensão fazem o que lhe mandam sem questiúnculas.A Goldman Sachs sabe o que faz. Quando, como o Berlusconi deixem de servir são substituídos por um quadro da empresa, Itália, Grécia.....
Eu, quando não gosto de alguém, opto por não falar nem sequer me lembrar dessa pessoa. Ora, quando estamos sempre a falar de alguém, das duas uma: ou a amamos muito, ou então existe uma obsessão doentia por ela...
Quando a verdade não é a usada pelos estarolas que nos (des)governam deixa mossas e à falta de melhor argumentação tem sido comum o argumento de que o "jotinha"ganhou as eleições e que não foi eleito primeiro ministro num vão de escadas,seja lá o que isso queira dizer.Exceptuando as gentes do aparelho e /ou "beneficiados"com proventos originários na ida ao pote ou escorridos da roubalheira do BPN,houve quem votasse o programa eleitoral apregoado "urbi et orbi"em que bastariam uns cortes em adiposidades estatais e que nunca,mas mesmo nunca,se aumentariam impostos nem se iria aos subsídeos nem pensões.Foi um embuste,uma burla e não falta quem se considere ludibriado porque se tratou da mais monumental fraude eleitoral de que há memória.O (des)governo pode usufruir de uma muito ténue legitimidade formal,mas democrática não tem nenhuma.
Caro Abrantes,grato uma vez mais pela clareza e frontalidade das verdades que expõe e pela azia que ocasionam nos muitos inseguros nas suas mordomias e que começam a ver as barbas de molho.
Pois, quando ele era só líder da JSD, não perdia tempo a falar dele! Agora como ele me vai aos bolsos, não posso deixar de falar: Ó Coelho ele não te vai aos bolsos, ou também és arrastadeira do Relvas daquelas que ganham mais que o PR e com direito aos subsídios que cortam aos outros?
Mas alguém consegue descortinar uma diferença que seja entre PPC e Gomes Ferreira. Podiam ter trocado de cadeiras que ninguém notaria. É este o nível a que estamos. Infelizmente para todos.
Bravo, seu Coelho (o Rafael)!
Conseguiste num parágrafo diagnosticar a patologia mental típica dos ladraram três anos a fio e ainda ladram de vez em quando às canelas de um Senhor chamado José Sócrates.
Compara-o com esta corja de gatunos e mentirosos cobardes e vê o resultado. Se não vires, Coelho, não te apoquentes. Daqui a pouco tempo já não precisarás de ver nada.
Há quem diga que a cachaça é água, mas cachaça não é água, não...
Oráculo belfo.
Caro Sousa Mendes,
Cumprimento-o, em primeiro lugar, por se identificar, uma vez que muitos falam, falam, escrevem, escrevem, mas não têm nome, não sei porquê. Medo? Estamos em democracia! Mas respondendo à sua preocupação, digo-lhe: sou apenas uma vítima do Socratismo (até simpatizei, ao princípio, com o ex-PM), uma vez que estou desempregado há 5 meses. Trabalho todo o dia (estudando), para regressar o mais rapidamente possível e em força ao mercado do trabalho. Temos o governo que os portugueses democraticamente escolheram, por isso, só nos resta trabalhar, ter esperança e fé que nos levem a um melhor caminho que o anterior. Que cada um faça a sua parte e cumpra com a sua cidadania.
Calculo que devem estar a falar de sócrates certo?
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