- 'É importante reflectir sobre os factores que ajudaram a que as empresas exportadoras portuguesas conseguissem, nos últimos seis anos, voltar a ter uma performance melhor que a dos outros países da UE15. Conseguiram-no num contexto em que a evolução dos CUT não foi a mais favorável, conseguiram-no reagindo ao choque do aumento da concorrência asiática e dos países de leste. Conseguiram-no num contexto de uma política activa de simplificação administrativa, e de apoio à inovação e à investigação. Conseguiram-no numa sociedade que se está a tornar mais qualificada e melhor apetrechada tecnologicamente. Conseguiram com apoio à abertura de novos mercados e à orientação das empresas para a exportação. Mas conseguiram-no principalmente por elas próprias, desenvolvendo projectos, arriscando entrar em novos mercados, investindo na modernização de equipamentos e na inovação. Para tudo isto, muitas necessitaram e vão continuar a necessitar de financiamento bancário. A moderação salarial e o aumento de trabalho não pago podem ajudar à competitividade das empresas portuguesas no curto prazo. Mas por si só não chegam e não são uma solução interessante de longo prazo.'
quinta-feira, novembro 24, 2011
Défice externo, empobrecimento e baixa de salários
• Manuel Caldeira Cabral, Défice externo, empobrecimento e baixa de salários:
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4 comentários :
Conseguiram-no também porque para muitas delas se acabou a mama da procura interna.
Com a procura interna em decadência, as empresas tiveram que, finalmente, virar-se para o mercado externo.
Aquilo que estava a impedir o aumento das exportações era, em parte, o facto de a procura interna ser grande de mais, o que desincentivava as empresas de tentar exportar.
Há gente que anda muito desmemoriada. Os esforços dos anteriores governos Sócrates para fomentar e incrementar as exportações, não tiveram qualquer influência?
Claro que não! O facto das exportações terem crescido desmesuradamente durante o governo socrates a nada se deve ao mesmo. As pessoas é que consumiram muito menos forçando as empresas a procurar mercados externos. Note-se o "consumiram menos " num periodo que é apelidado pela direita como o " regabofe do despesismo e endividamento de um pais ". Não haverá por aqui uma contradiçãozinha nessa fantástica teoria das exportações portuguesas? Ou Luis Lavoura está convencido que as exportações só dispararam de há 5 meses para cá?
Acertem lá com o nome. Cabaral?!
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