sexta-feira, janeiro 27, 2012

CALMA, ANÍBAL! EU COMPREENDI-TE BEM E VOU TOMAR MEDIDAS!

Extracto da carta enviada pelo COMENDADOR MARQUES DE CORREIA ao seu amigo Aníbal [amanhã no Expresso]:
    ‘CARO ANÍBAL, ILUSTRE AMIGO. Percebo que estás numa situação difícil e, como sabes, sou homem para em nome da nossa amizade te retirar de apuros. Muitos viram na tua conversa uma enorme insensibilidade social, um desconhecimento profundo do modo como vive o nosso povo. Mas eu, que sou atento, entendi perfeitamente o que quiseste dizer. Como se diz na minha terra, Deus sabe de todos e cada um sabe de si, pelo que a mim me basta tu teres dito que o dinheiro não chega, para eu estar a teu lado e perguntar: — Quanto precisas? Porque eu, Aníbal, amigo antigo, tenho disponibilidade para ir em teu socorro. Não que tenha fortuna, Aníbal, eu sou um pobre reformado a quem também sacaram uma série de dinheiro. Mas tenho cabeça, Aníbal, e não vou mexer nas minhas poupanças, ao contrário do que tu me deste a entender. Ouve, Aníbal, tu tens uma casa enorme em Belém. Por que não a rentabilizas? Aluga-a para concertos, para filmes de época, para jantares elegantes. Na casinha onde começaste a vida, tinhas assoalhadas pequenas, não precisas desses salões todos. Outra coisa, tens diversos carros e uma série de motoristas; mete-os no praça. Inscreve os carros e os motoristas como taxistas sem distintivo e dedica-te ao turismo. Volta a Sintra, percurso a Palmela, praias da Linha do Estoril. É negócio, Aníbal e, ainda por cima, é da categoria da exportação, já que o pessoal deixa a nota lá da terra deles. Também tens aí uns cavalos e uns cavaleiros que dão belos figurantes em filmes. Abre uma página na Internet e põe um anúncio a oferecer os serviços desses tipos. E há ainda as mobílias e os quadros que eu vi em tua casa. Olha, Aníbal, conheces o eBay? É pôr lá essa tralha toda e esperar a melhor oferta. Pode parecer que é pouco mas arredonda os fins do mês, porque, Aníbal, oportunidades de negócio como aquela que tiveste há anos com as ações de um banco não vão voltar a surgir tão depressa. É a vida, que, como dizia o outro, é como os interruptores, umas vezes para cima, outras para baixo.’

4 comentários :

Anónimo disse...

Só para~dizer...os amigos são para as ocasiões!
Escuta o conselho Anibal, benditos os amigos!

O rural disse...

Cavaco bem podia arranjar umas fundações com as economias que ´já veem dos pais e já conhecemos, da professora Maria trabalhadora, e até do cotão das suas algibeiras.

Óutros com menos possibilidades já teem mais que uma fundação.

Com um simples avental.

E com paisinho que até chegou a andar de sotaina a fazer uns batizados e umas missitas pelas alminhas-

E com muito sacrifício da Maria de Jesus que por causa do faxismo perdeu uma promissora carreira nas artes, onde se previa chegaria ao estrelato.

Se uns fizeram as fundações com menos possibilidades porque Cavaco não deve fazer o mesmo?

Portas e Travessas.sa disse...

À cerca de 2 anos, escrevi por aí, como os Países Nordicos, em particular a Suécia, o modo de funcionamento das Embaixadas - bem simples e poucos gastos na estrutura.

A residência do Embaixador da Suécia, na Rua do Sacramento, é bem modesta - a Embaixada em si, na Miguel Lupi, funciona para os negócios - todas as 6ª feiras, os Suecos e Molhados fazem um almoço, e bem regado, pago entre si e pelas as empresas instaladas em Portugal.

Contam as suas experiências em Portugal e dão "dicas" para novos negócios, como exemplo e foram os primeiros, a criarem salmão em viveiro, no Norte Transmontano - criaram dezenas de empresas - Atlas, Sandevik, Securitas, e muitas outras - isto num País parecido com o nosso, com mais neve.



É impossível mantermos, embaixadas, como em Inglaterra, que mais parece o 10 DS, da Charles Place e cada vez vai lá um "caramelo", dá um Jantar à minha Tia Isabel - A Rainha Isabel, gosta de nós, não tenho receio de me enganar, mas, não aprecia a sumptuosidade pastuca de Portugal -

Como escrevi há cerca de 2 anos, " temos que mudar o fio de jogo.

Portugal, não pode viver como fazia o Luis XV - os tempos são outros e as exigências, são muitas

O que fez no Palacio das Necessidades, não foi nada, a meu vêr está condenada ao fracasso - as imagens que vi nas TVs. - por um lado, carregado de exigências aos Embaixadores, e por outro, sem uma filosofia operativa que se conheça. - para depois solicitar relatórios de "good will"- sim, os negócios é uma parceria de vontades.

Assim, fico com ideia, que os Embaixadores são os vendedores do restaurador Olex

Anónimo disse...

E então o Casarão da Quinta da Coelha?

Sempre se pode alugar em Junho, Julho, Agosto e Setembro sem passar factura nem recibo e sempre é mais algum que entra..., conheço meia dúzia de algarvios que fazem isso com vários apartamentozecos de 3ª categoria e safam-se bem !