quinta-feira, janeiro 26, 2012
Notícias de Davos: "Portugal é um bom exemplo de como a austeridade não funciona sozinha"
“Há um risco nisso [na austeridade, por si só]. Observem Portugal. Fez as coisas todas certinhas, assumiu a via da austeridade, cumpriu os programas definidos pela União Europeia e, ainda assim, as ‘yields’ da sua dívida pública estão incrivelmente elevadas”, declarou Stephen King, economista-chefe do banco HSBC, no Fórum Económico Mundial, a decorrer em Davos.
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3 comentários :
Estas conclusões põem em evidência que o plano de investimentos públicos do anterior Governo estava correto, que o PECIV exigia uma atitude de unidade nacional e patriótica no quadro da União Europeia e que as eleições legislativas deviam ter-se realizado na data democrática.
Ai o povo estaria de posse do conhecimento da realidade e decidiria soberanamente.
O que aconteceu foi um golpe contra a nossa economia, contra os interesses dos trabalhadores em geral, contra a democracia portuguesa.
Os seus autores estão identificados: as camarilhas de Miguel Relvas/PPCoelho, parte do PSD, PCP, BE, CDS e o Presidente da República.
E outros estranhos aliados.
A nova direção do PS não se vê, não se ouve,não se manifesta e, tudo leva a crer, numa estratégia suicida, vai proporcionando troféus à canalha política do governo.
É imperioso que rapidamente se torne público o que discute PPCOELHO e AJSEGURO nas suas reuniões.
Ou são reuniões e conversações como as de AJJardim e o governo actual.
Já chegámos à Madeira?!
Este Stephen King também se encarrega das histórias de terror... como aquela que estamos a viver?
As "yields" são da dívida histórica transaccionada nos mercados hoje em dia praticamente só pelos especuladores que a querem comprar a um preço hoje à espera que amanhã sejamos obrigados a renegociá-la estabelecendo que só vamos pagar um bocadinho mais do que eles tenham pago por ela (caso Grego). Ou melhor ainda, assustar os parceiros ricos dos países em dificuldades para ver se juntam umas massas para pagarem a 100 o que eles compraram a 50.
Compreende-se bem que o especulador queira ver a sua "aposta" concretizada, então toca a fazer de conta que é mais importante o preço a que os especuladores trocam dívida antiga entre si, do que o preço que estamos a pagar por dívida nova, pois esse tem vindo a baixar durante os últimos meses e é o único que serve de barómetro de alguma credibilidade ou falta dela.
Para compor o ramalhete só falta repetir acéfalamente a famosa "probabilidade de incumprimento" hoje papagueada em 67%. Ora como este número é apenas o resultado de uma fórmula em que a variável é a tal "yield" a que estes senhores decidem trocar a nossa dívida histórica entre eles, está bem fácil de ver como tudo funciona.
Melhor só mesmo ter do seu lado a quantidade de gente que nos próprios países afectados difunde estes disparates sem saber do que está a falar.
Cumps
Buiça
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