quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Da série “A Fenomenologia do Ser”¹ [9]



Um grande moralista é, entre outras coisas, um grande comediante, dizia Nietzsche (VP,193). Segue-se que um pequeno moralista é, entre outras coisas, um pequeno comediante. É o caso de PPC a quem agora deu para o moralismo bacoco e para sermões de meia-tigela.

Por isso, aqui vai, com a ajuda do mestre do sermão, mais um modesto contributo para educação política de um jovem político, aprendiz de moralista:
    … uma coisa é o governador e outra o que governa. Da mesma maneira, uma coisa é o semeador e outra o que semeia; uma coisa é o pregador e outra o que prega …; e as acções são as que dão o ser ao pregador. … Se a minha vida é apologia contra a minha doutrina, se as minhas palavras vão já refutadas nas minhas obras, se uma cousa é o semeador e outra o que semeia, como se há-de fazer fruto?
      Pe. António Vieira, Sermão da Sexagésima, 1655
    Afonso
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¹ Obra filosófica que o actual primeiro-ministro afirmou ter lido na sua juventude, desde então, perdida.

4 comentários :

Zé da minda sempre disse...

Já mete NOJO esta estoria do Ps sobre o enriquecimento ilicito.Se é inconstitucional, confiem nos juizes do tribunal constitucional. O exemplo apresentado pelo deputado R.Rodrigues deu-me vontade de rir.Por essa ordem de ideias, digam-nos então, qual o montante a partir do qual se pode pedir contas ao recebedor.E se for um homem a receber de outro? já há suspeitas? deixem o tribunal decidir, e se o futuro vos vier a dar razão, cobrem.Tratem mas é de fazer oposição aos amigo de José Seguro.

Anónimo disse...

E já agora o que nos tem a dizer o ladrão R. Rodrigues sobre o roubo dos gravadores? É com moralistas desta estirpe que a socratice nos quer convencer de alguma coisa? Tenho a sensação que há por aí muita gente que tem medo de ser caçada (finalmente)pelos "assaltos" feitos entre 2005-2011!

Anónimo disse...

Ó anónimo das 03:04:00 PM assim de ladroagem recente lembro-me do caso BPN, que envolve toda a nata da direita, de metade do subsídio de férias, das reformas dos pensionistas, do subsídio de férias e do subsídio de Natal. Para quem não ia fazer nada disso, como foi dito de forma useira, estamos a ir bem! Claro que isso não se compara ao roubo de uns gravadores!...

Anónimo disse...

Quem aceita inverter o ónus da prova em tribunal , seja para o que for, não se pode considerar democrata e está a violar claramente o principio de que uma pessoa é inocente até ser provada culpada em tribunal.Esta lei culpa sem tribunal. O tribunal só serve para verificar se de facto a culpa foi bem aposta.
Para julgar os criminosos de Nuremberga ninguém precisou de ónus da prova invertido, porque raio será preciso em portugal para condenar meros escroques?
Se calhar em vez de andarem ocupados com leis que ( mais uma vez) não vão servir para porra nenhuma a não ser fazer a vida dificil ao cidadão comum, perguntem-se porque raio o ministério publico acusa sem ter prova e sem ter feito o trabalho que lhe compete quando leva a julgamento suspeitos de crime de corrupção?
Enquanto a corja que grassa no ministério publico não for removida ( por reforma, é a unica hipótese) bem podem ficar á espera sentadinhos que algum politico vá dentro.Seja de que partido for.