segunda-feira, março 12, 2012

Francamente, ó Moedinhas, não olhas para o agravamento do PIB trimestre após trimestre?

Carlos Moedas tem andado entretido a vender ao mundo a boa nova: a de que a economia portuguesa "está a conseguir ajustar-se de forma mais rápida do que o esperado". O nosso pequeno Moedas chama "ajuste rápido" àquilo que empresas sentem todos os dias como uma rápida queda no abismo das falências, numa estranha lógica do quanto mais rápido forem engolidas pelo abismo, melhor.

Mas para lá do problema, que não é só semântico - mas (como é que o pequeno Moedas ia compreender?) de análise macroeconómica -, há uma outra pequena dissonância, que Moedas compreenderia se se desse ao trabalho de ouvir o que o seu Primeiro-Ministro anda a dizer por aí: em particular, que a queda no PIB de 1,6% foi substancialmente menor do que a prevista em Maio de 2011, quando o acordo com a troika foi firmado (e que apontava para uma recessão de 2,2% em 2011). Ora, Moedas poderia compreender que o ajustamento não se está dar mais "depressa"; simplesmente parte da queda do produto que era esperada acontecer em 2011 acontecerá em 2012 (e porque a 1ª metade de 2011 foi menos recessiva do que o esperado). O ajustamento está, assim, atrasado, e não adiantado. De certeza que um powerpoint em inglês do Mr. Casper explicaria isto ao pequeno Moedas.
    Pedro T.

3 comentários :

AL ZHEIMER: repórter na Piolheira disse...

Más Moedas.

S. Bagonha disse...

O Moedas, coitado, anda desorientado porque não há meio de os mercados começarem a "incorporar".

Anónimo disse...

Epá, não dá para aturar mais tanta incompetencia, xiça!