domingo, abril 08, 2012

“Decide às escondidas porque desconfia do povo”

Paulo Baldaia, 2015, 2016, 2017, (...):
    ‘Sendo certo que este tipo de decisões é crucial para atingirmos as metas a que nos obrigámos quando assinamos o memorando da troika, é igualmente certo que em nome da justiça deveríamos estar a discutir a repartição dos sacrifícios. Se o confisco vai prolongar-se para os pensionistas e funcionários públicos ganham força os argumentos dos que defendem que neste esforço deveriam participar também os trabalhadores do sector privado.

    É claro que quando andamos a discutir o diz que disse, os equívocos e os lapsos não sobra tempo para discutir a justa repartição dos sacrifícios. O Governo ganha quando mantém vivo o debate sobre as opções a seguir e perde quando decide às escondidas porque desconfia do povo que o elegeu.’

3 comentários :

Um militante na clandestinidade disse...

Baldaia,o privado para esse peditorio já deu.Sacar aos reformados do privado é imoral.Eles foram altamente penalizados no calculo sua reforma,ao contrario dos reformados do estado que saiam com o ultimo vencimento.O Ps não pode assobiar para o ar nesta e noutras materias.O governo anterior disse que não nos era cortado o 13. mês e subsidio de ferias.Temos legitimidade para vir para a rua contestar este caminho,mais o novo tratado da UE,que é inaceitavel pelo seu retrocesso social.Não adianta dizer que votamos a favor mas vamos propor alteraçoes.Isto é conversa da treta.José Seguro que tanto afirmou que ia por o partido a falar (quando estava ainda o Ps no poder) e está a falar muito menos... mesmo na oposição.Vá ouvir as bases, pois têm muito para lhe dizer.Apareça.

Anónimo disse...

Calma, está quase! Esperem pelas outras medidas que a troika continua a exigir como compensação à baixa da TSU.
A compensação para o privado, vai ser a retenção dos subsídios de Natal e férias no patronato de modo a tornar o trabalho mais barato 2/14 anualmente em nome da competitividade com os chineses. Talvez os trabalhadores do privado nos quais se englobam os nobres jornalistas que agora assobiam para o ar pensando que o problema é só dos calaçeiros dos funcionários públicos e dos pensionistas, comecem a protestar quando lhes forem ao bolso.

Anónimo disse...

Que não haja a minima dúvida : tal como aconteceu com o governo de Socrates, assim que o estado foi ao bolso dos jornalistas estava traçado o fim do governo. Com estes não vai ser diferente.
Quero vêr é como vai o Passos descalçar a bota das excepções que vai abrir para os jornalistas.Depois o outro é que era amigo dos interesses instalados...