quinta-feira, fevereiro 07, 2013

Junior auditor”? A Ernst & Young quer fazer dos portugueses parvos?


O portal do Governo informa os portugueses de que Franquelim Alves foi lançado no mercado de trabalho aos 16 anos, assumindo na Ernst & Young funções de “auditor e consultor”. Depois de esta revelação ter deixado o país à beira da comoção, a muito custo a Ernst & Young quebrou o silêncio para admitir hoje que o jovem Franquelim exerceu as funções de “junior auditor”.

Eu percebo que a Ernst & Young precise de ganhar a vida e que a possibilidade de perder um cliente como o Estado, ainda que por amor à verdade, deva ser uma coisa aterradora (e poderia deixar os partners domésticos em maus lençóis). Mas a Ernst & Young não pode fazer dos portugueses parvos.

Com efeito, um “junior auditor” não é um paquete nem um moço de recados. É alguém que concluiu a sua formação académica, possuindo conhecimentos de contabilidade, de fiscalidade, de auditoria, etc., e que, não tendo experiência, acompanha “senior auditors” para ganhar lastro. Ora, aos 16 anos, Franquelim Alves não detinha estas competências.

Quais são os requisitos para poder ser um “junior auditor”? Uma rápida consulta no Google mostra-nos quais são os requisitos que a Ernst & Young — no caso, a firma da Indonésia, mas estão em causa requisitos padronizados — exige aos seus “junior auditors”:

    Junior Auditors

    Requirements:
      • The ideal candidate should hold a bachelor’s degree in Accounting and Finance from a reputable university with a minimum GPA of 3.00 or Equivalent (those who completing their thesis are also welcome to apply). Preferably overseas fresh graduates.
      • Extensive knowledge in the Auditing and Accounting area.
      • He or she should possess strong analytical and structural thinking skills.
      • The qualified candidates should be capable of working effectively under pressure and meeting established goals and objectives within the specified deadline, while maintaining high quality at all times.
      • Excellent communication, presentation and interpersonal skills in dealing with people at all professional levels will also be highly valued.
      • A fair degree of competence in both spoken and written English is mandatory.
      • Qualified candidates should be proactive, self-motivated, and able to work effectively in a team environment.
      • Familiarity with MS Office applications (Excel, Word, PowerPoint) is essential.

7 comentários :

Anónimo disse...

O caso é pior do que isso. Ao que parece, á data em que Franquelim tinha 16 anos a Ernst & Young nem sequer operava em Portugal...Haverá confirmação disto?

Anónimo disse...

por enquanto o relvas ainda está destacado na cabeça da quadrilha e candidatos para o derrubar anseiam-se. isto, a bem dizer, nem é um governo. é mais uma "joint venture" de bandidos e o velhote de são bento, apesar de foragido e com a cabeça a prémio é o xerife (sic)

vn disse...

Afinal não é só a Lusófona a atribuir equivalências, agora, também temos uma empresa de auditoria a fazer o mesmo.

Anónimo disse...

Querer comparar o auditor júnior actual com o auditor júnior de 1970 é uma verdadeira sodomia intelectual para os leitores do blogue. O que vale é que a maioria gosta.

Anónimo disse...

Ao amigo das 11:22, quer me dizer que nos idos de 1970, quando se andava talvez na Escola Comercial já se estava capacitado para ser aprendiz de auditor? Antigamente, é que era, isto eram só iluminados...

Ernesto & Novo disse...



Estes "guvernantes" andam a mangar com a tropa! Já vale tudo e o seu oposto...


Isto já só lá vai ao coice e à morteirada!

S. Bagonha disse...

Ó arrastadeira das 11,22, em 1970, aos 16 anos, o Franquelim devia andar a auditar era os cueiros às miúdas da idade dele, pá! Vai-te catar, paralítico intelectual.