• António Correia de Campos, Novos cavaleiros da esperança [hoje no Público]:
- ‘Há gestos que não entendo em políticos inteligentes e experientes: o contentamento de Paulo Portas com a redução assustadora das verbas da Política Agrícola Comum, em nome da teoria do mal menor. Portugal estava em riscos de perder 900 milhões, na proposta do Conselho Europeu, formalizada por Van Rompuy. A perspectiva de podermos receber, em troca, por debaixo da mesa, um cheque de cerca de 400 milhões, para contentar os “pequenitos”, dilui toda a nossa capacidade reivindicativa, encolhe-nos a um canto da sala das negociações, enfraquece-nos como Estado-nação. Tidos como fáceis de contentar, vulnerabiliza-nos. (…) Ao cantarmos vitória dentro do país, damos a Bruxelas o sinal de que ainda pode comprimir o bónus. Numa fase tão precoce das negociações a três, a partir de agora com o Parlamento, sabendo que este pretende lutar bravamente por uma solução mais generosa, estamos a enfraquecer a sua posição e a sapar o seu apoio. Não consigo entender. Tive esperança no jogo de cintura de Portas. Estou a perdê-la.’
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