segunda-feira, abril 08, 2013

“Mas que o Governo deixou de existir, deixou”

• Mário Soares, Ainda há Justiça em Portugal [hoje no Público]:
    ‘E agora? É mais um grande sarilho que devia levar o Governo a demitir-se - como a esmagadora maioria dos portugueses e o ministro das Finanças parece também querer. Contudo, o Presidente da República, tão silencioso até sábado último, resolveu, ao que dizem, "obrigá-lo" a ficar no seu posto. Para continuar, seguramente, o despesismo que o caracteriza e a fazer asneiras e vendas desastrosas e a destruir o país. Julga, assim, agradar cegamente aos mercados e à troika, o que não é certo que aconteça. Bem pelo contrário... Porque os mercados já perceberam que ignorando o Povo e empobrecendo-o a ponto de ficar à fome e ao suicídio - e sem o ouvir minimamente - só com uma Democracia, que já não o é inteiramente, é impossível manter o Estado, sem grandes e graves convulsões sociais. Até Salazar o disse no final da II Guerra Mundial: "Não se pode governar contra a vontade persistente de um Povo"...

    (...)

    Cavaco Silva julga que não há crise política, social, nem ambiental (do que se esqueceu de falar) nem ética. Sugiro-lhe que vá a Boliqueime e pergunte ao Povo, que conhece bem, se não há crise. Política, Social, Ética (com a corrupção generalizada) e Ambiental. Oiça os agricultores e os pescadores. Eles lhe dirão o que pensam deste Governo.’

1 comentário :

josé neves disse...

Caros,
E o suicídio, diz muito bem caro MS.
Amanhã aqui em SBNexe haverá mais um funeral de uma mulher de 44 anos que se suicidou.
Em plena idade de futuro o empobrecimento em curso retirou-lhe tudo que tinha conseguido até aqui e sem solução perdeu a esperança.
Fala-se apenas dos casos mediáticos mas os casos acontecidos e não relatados em todo o país começam a ser diários.
Este governo tem sérias responsabilidades nesta situação dramática.