sábado, maio 11, 2013

A massa de que é feito o partido do farsolas

A imprensa de hoje mostra dois exemplos de produtos com selo de qualidade do Caldas. Por um lado, a indigência de uma deputada à Assembleia da República, cujo estilo bafiento remonta ao Estado Novo. Por outro lado, um deputado europeu — uma cópia do farsolas, sabendo-se que as imitações são sempre piores do que o original — que agora surge do nada indignado com a decisão de aplicar noutros países a receita de Chipre (confisco dos depósitos de bancos em dificuldades), quando saberia tudo o que vinha sendo preparado há mais de um ano.

A ideia que tenho do CDS-PP resume-se em poucas palavras. Como o definiu Pacheco Pereira, trata-se de um partido “unipessoal” — pois não tem massa crítica, salvo aqueles poucos “militantes” que fazem a ponte com o mundo dos negócios. Em seu redor, Paulo Portas tem basicamente um bando de adolescentes tardios. Na sua esmagadora maioria, o recrutamento faz-se entre as famílias ligadas ao Estado Novo ou entre videirinhos que entendem ser mais fácil singrar através da JP (Juventude Popular) do que da JSD, na qual a concorrência é mais feroz.

As duas vias de acesso ao “partido unipessoal” do farsolas estão bem documentadas nos casos citados.

1 comentário :

Anónimo disse...

Excelente descrição Miguel.
Em relação ao texto (!?) da sra. deputada só posso acrescentar:
a princesa da hipérbole,
a rainha da metáfora...
a imperatriz do embuste.
Não sei o que esperam os 31 da Armada e Forte Apache desta blogosfera.
O estilo é terrível (para não ser excepção) e a sementinha do ódio está lá.

Ângelo