domingo, junho 23, 2013

O caso das cadelas apressadas que dão à luz filhos cegos

Como aconteceu com vários blogues, Vasco Pulido Valente espalhou-se na edição de sexta-feira do Público:
    “Só um comentador, Pedro Braz Teixeira (que já se demitiu do Gabinete de Estudos do PSD e do próprio PSD), deu pela extraordinária intervenção que o preclaro António José Seguro resolveu fazer em Paris a um suposto "Fórum dos Progressistas". Seguro não esteve com meias medidas. "Proponho", disse ele, "que a UE estabeleça como seu objectivo para o ano de 2020 que nenhum país possa ter uma taxa de desemprego superior à média europeia". Evidentemente, a única maneira de isto suceder seria que a taxa de desemprego fosse sempre a mesma em toda a parte, o que é compreensível para uma criança do "básico"; ou, na falta deste milagre, medidas de uma inconcebível brutalidade e loucura. Mas consta que o sr. Seguro, com esta cabeça, nos pretende reger.”
Evidentemente, VPV não percebeu patavina e, hoje no Público, mostra-se arreliado com o “Sr. Óscar Gaspar” porque este se dispõe a explicar-lhe, como se VPV fosse muito burro, em que consiste a proposta:
    ‘(…) VPV não ouviu a proposta, não quis saber do seu conteúdo, não leu sequer o artigo publicado no jornal onde escreve. Por isso escreveu sem saber. Era legítimo que discordasse, por questões ideológicas ou outras, da proposta do secretário-geral do PS, mas é inaceitável que utilize falsidades para criticar o que não foi dito, como se tivesse sido proposto.

    A questão de fundo é séria e merece reflexão. Temos assim todo o gosto em esclarecer VPV mas, e sobretudo, em estimular a discussão sobre o futuro da Europa que queremos e as políticas de combate ao desemprego. O que disse António José Seguro em Paris no último sábado?

    Problema: "Considero absolutamente urgente que a prioridade da União seja o emprego. Só com a criação de emprego combatemos a pobreza, a miséria e a exclusão social".

    Objetivo: "Proponho que a União estabeleça como objetivo para 2020 que nenhum país possa ter uma taxa de desemprego superior a 11%".

    Método: "Proponho, por isso, a mutualização europeia do pagamento dos subsídios de desemprego". "No caso dos Estados-membros com taxa de desemprego superior a 11%, o orçamento nacional será responsável pelo pagamento dos subsídios de desemprego até aos 11%. Os restantes subsídios de desemprego serão pagos pelo orçamento da União."

    VPV confundiu o facto de António José Seguro ter estabelecido a fasquia de referência do desemprego em 11%, que é a média atual de desemprego na UE, com a pretensa ideia de todos estarem na média a partir de 2020. Se tivesse lido, tinha percebido. Para mais, teria concluído que, para lá do valor da meta, é a mutualização dos custos sociais da crise que tem caráter seminal. (…)’

2 comentários :

S. Bagonha disse...

É que isto, com o V.P.V., é muito importante a hora a que ele lê e escreve as coisas. Até ao fim da manhã, ainda vá. Lá mais para a tarde é que é o diabo. Sobe-lhe o "cansaço" às meninges e é o caraças.

Anónimo disse...

Só é pena que para sustentar a sua narrativa da argulada de Seguro o PS tenha manipulado as afirmações deste.